Celulite, estrias e textura: como lidar com a pele real sem neuras

A pele "perfeita", lisa, sem marcas ou poros aparentes, ainda é um ideal propagado por filtros, campanhas publicitárias e celebridades. Mas o discurso começa a mudar.

Celulite, estrias, foliculite, poros dilatados e outras características naturais do corpo ganham espaço na internet por meio de influenciadoras, atrizes e usuários comuns que decidiram mostrar a pele como ela é — sem retoques, sem vergonha e sem edição.

 

O que é pele real — e por que ela incomoda tanto?

A presença de celulite atinge cerca de 90% das mulheres, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), independentemente do peso corporal.

Já as estrias são rompimentos das fibras de colágeno e elastina da pele, comuns em fases de crescimento, variação de peso ou gravidez. Mesmo com causas naturais e inevitáveis, essas marcas seguem sendo estigmatizadas.

Cuidados sim, obsessão não

Assumir a pele real não significa abrir mão de cuidados. É possível, e saudável, tratar a pele com atenção — desde que o objetivo não seja eliminar por completo o que é natural.

Há tratamentos dermatológicos seguros que podem suavizar marcas, como o microagulhamento, a radiofrequência e o uso de ácidos. 

 

A nova beleza é real

A pele real — com celulite, estrias, manchas e pelos — não é sinal de desleixo, e sim de humanidade. Normalizar essas características não significa romantizá-las, mas tirá-las do lugar da vergonha.

No fim, o convite é para um olhar mais gentil: cuidar da pele, sim, mas sem tornar isso uma guerra contra o próprio corpo. E lembrar, sempre, que a beleza real não tem filtro — tem história.