Momento Econômico: Pernambuco lidera empregos no Nordeste; votação do Imposto de Renda é destaque nesta quarta (01)
Estado cria 12,6 mil vagas formais em agosto, mas segue com maior desemprego do país; votação do Imposto de Renda pode isentar 16 milhões

Apesar de Pernambuco ainda registrar o maior índice de desemprego do Brasil, agosto trouxe sinais positivos para o mercado de trabalho. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o estado gerou 12.692 vagas formais, alcançando o primeiro lugar no Nordeste e o terceiro maior saldo do país. O economista Sandro Prado analisou os números e também as expectativas em torno da votação da nova tabela do Imposto de Renda durante a coluna Momento Econômico, no programa Balanço de Notícias, da Rádio Jornal.
Confira a coluna na íntegra:
Saldo positivo impulsionado pela indústria e pelo campo
De acordo com Prado, o saldo líquido — diferença entre contratações e demissões — representa um superávit importante. A recuperação foi puxada principalmente pela indústria, mas também pelo setor agropecuário, favorecido por culturas sazonais como a colheita da manga e da uva.
Além disso, o comércio de bens e serviços mostrou aquecimento, refletindo uma melhora na renda dos trabalhadores. Apesar disso, Pernambuco continua em posição delicada, sendo o estado com o maior índice de desemprego do país, mesmo diante da taxa nacional de 5,6% — a mais baixa em anos.
Reforma do Imposto de Renda: quem paga menos e quem paga mais
Outro ponto destacado por Prado foi a importância da votação da nova tabela do Imposto de Renda (IR), prevista para amanhã na Câmara dos Deputados. A proposta do governo Lula prevê:
- Isenção total para quem ganha até R$ 5.000;
- Redução da alíquota para salários entre R$ 5.000 e R$ 7.350;
Maior tributação para rendas mais altas, como:
- Acima de R$ 600 mil anuais: alíquota até 5% (hoje muitos pagam só 1,5% a 2%);
- Acima de R$ 1,2 milhão anuais: alíquota mínima de 10%.
Para o economista, trata-se de uma medida de caráter “Robin Hood”, pois retira mais dos super-ricos para beneficiar 16 milhões de brasileiros, enquanto cerca de 100 mil contribuintes pagarão mais.
Efeito esperado na economia nordestina
Prado destacou que a redução do IR para a base da pirâmide tem forte potencial de aquecimento econômico. “A partir do momento em que quem ganha até R$ 5.000 não paga, esse dinheiro vai direto para o consumo: na mercearia, na loja de calçado, no espetinho da praia. O impacto é imediato na economia”, afirmou.
Apesar da relevância da proposta, a tramitação enfrenta resistência no Congresso. Mais de 50 emendas podem comprometer o resultado. Prado reforçou a necessidade de pressão popular para garantir a aprovação da medida, que, se aprovada, passa a valer em 1º de janeiro de 2026.
*Texto escrito com auxílio de inteligência artificial, com base em conteúdo original da Rádio Jornal, e sob supervisão e análise de jornalistas profissionais.