Caminho para o STF: entenda o processo de indicação de ministros da Suprema Corte
Reputação ilibada, notável saber jurídico e aprovação do Senado: Constituição define requisitos para integrar Supremo Tribunal Federal
Clique aqui e escute a matéria
O Supremo Tribunal Federal (STF) é a principal corte do país, composta por 11 ministros. A sua função primordial é assegurar o cumprimento da Constituição Federal. Além disso, a Suprema Corte é responsável por analisar as ações dos poderes executivo e legislativo, visando garantir o equilíbrio entre eles. Mas como é realizado o processo de indicação de um ministro do STF e quais critérios devem ser atendidos? A resposta está na Constituição.
Ouça a matéria em áudio:
Requisitos e as etapas cruciais da sabatina no Senado
A Constituição Federal, em seu artigo 101, determina os requisitos necessários para que um cidadão seja escolhido para integrar o STF. O indicado deve ter mais de 35 anos e menos de 70 anos de idade. É fundamental que o candidato demonstre notável saber jurídico e reputação ilibada. Embora o candidato precise ter notável saber jurídico, ele não precisa necessariamente ser formado em direito.
Quando ocorre uma vacância no Supremo, o passo inicial cabe ao presidente da República, que é responsável por indicar o nome para ocupar o cargo.
No entanto, a posse só é possível após um rigoroso processo de aprovação no Senado Federal:
1. Sabatina na CCJ: O candidato indicado precisa passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Durante este interrogatório, o indicado é questionado sobre diversos assuntos em diferentes áreas. Não há limitação temática para os questionamentos, podendo tratar de temas políticos e até mesmo questões pessoais.
2. Parecer da CCJ: Após a sabatina, a CCJ emite um parecer recomendando ou não a aprovação do nome.
3. Votação no Plenário: O processo segue, então, para a votação no plenário da casa. Para ser aprovado e tomar posse, o indicado precisa conquistar o voto da maioria absoluta dos senadores, o que corresponde a pelo menos 41 dos 81 votos.
Na prática, a chance de o Senado rejeitar um nome é considerada muito baixa. Isso ocorre porque, geralmente, o presidente da República costuma conversar com o presidente da comissão e com os principais senadores da base aliada para se certificar de que há os 41 votos necessários para a aprovação.
Prazo e posse oficial
É importante ressaltar que não existe um prazo legal estabelecido para a nomeação de um ministro. Um exemplo da flexibilidade temporal é o caso da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que levou quase um ano para indicar Edson Fachin ao cargo após a aposentadoria de Joaquim Barbosa em 2015.
Com a aprovação final do Senado, o presidente da República oficializa a nomeação através da publicação de um decreto no Diário Oficial da União. A posse ocorre em uma cerimônia solene no STF, com a presença de representantes dos três poderes. Durante essa cerimônia, o novo ministro assina o termo de compromisso e o livro de posse, tornando-se oficialmente integrante da Corte. Após assumir o cargo, o novo ministro pode herdar os processos que estavam sob a responsabilidade do antecessor.
*Texto gerado com auxílio de IA a partir de conteúdo autoral da Rádio Jornal com edição de jornalista profissional