Ouro atinge alta histórica e dispara em meio à instabilidade global
A busca por ativos seguros devido a conflitos globais elevou o metal em 3,46%, impulsionando o dólar e encarecendo combustíveis e eletrônicos.
O preço do ouro tem registrado um aumento significativo no mercado internacional ao longo de 2025. No último balanço, o metal precioso fechou em alta de 3,46%, alcançando o valor de 4.359 dólares por onça-troy. A onça-troy é a unidade de medida de peso padrão para metais preciosos como ouro e prata. Este patamar representa um dos maiores valores já registrados na bolsa de Nova York.
Essa ascensão é um resultado direto da busca de investidores por ativos considerados seguros (os chamados safe haven) em um cenário de crescentes tensões. A instabilidade atual é marcada por conflitos no Oriente Médio e na Europa, somados às disputas comerciais entre os Estados Unidos e a China.
A história se repete em cenários de risco
Historicamente, o ouro é associado como um ativo procurado em momentos de maior aversão a risco no mercado. O planejador financeiro e especialista em investimentos, Eduardo Carvalho, explica que esse comportamento já foi observado em períodos de estresse, como em 2008. A instabilidade atual envolve toda a parte geopolítica, incluindo conflitos e as instabilidades relacionadas à guerra comercial entre EUA e China desde o início do ano.
Essa instabilidade global provoca um movimento de fuga de capitais, o que, por sua vez, impulsiona a cotação do ouro e eleva o custo de produtos e investimentos atrelados à sua cotação internacional.
Impactos econômicos imediatos
A alta do ouro e a fuga de capitais geram consequências diretas para a economia global e doméstica:
- Dólar e Produtos Importados: A situação costuma pressionar o dólar para cima, encarecendo produtos importados, combustíveis e eletrônicos.
- Inflação e Juros: Pode influenciar as taxas de juros e a inflação.
- Poder de Compra: Em um cenário de instabilidade, o poder de compra das famílias tende a cair, e o crédito se torna mais caro.
Como investir em ouro em meio à crise e proteger sua carteira
Do ponto de vista dos investimentos pessoais, o planejador Eduardo Carvalho explica que a instabilidade global não gera um impacto tão severo, desde que sejam seguidas as recomendações ideais de uma carteira de investimento padrão.
O ouro, via de regra, não deve ser o ativo principal na carteira, mesmo em cenários de grande estresse. Ele é classificado como uma classe de investimento alternativo, usado principalmente para proteção e diversificação. A recomendação média de alocação de ouro em uma carteira de investidor varia entre 5% a 10%.
Para os interessados em investir no metal, Carvalho detalha que, embora a compra de ouro físico seja possível, ela envolve custos e a necessidade de armazenagem, o que pode representar um risco. Existem formas mais eficientes e acessíveis de se expor ao ativo:
- Títulos Custodiados: Algumas corretoras autorizadas pela B3 permitem que o investidor compre um título que atesta a posse de ouro custodiado, garantindo que o ativo esteja sendo regulado.
- Fundos e ETFs: A forma mais simples e acessível é através de fundos e ETFs (Exchange Traded Funds), que são fundos negociados em bolsa. O investidor consegue comprar em praticamente qualquer valor, e o fundo está atrelado ao comportamento do ouro.
Projeções Futuras
Caso o cenário de instabilidade global persista e não se reduza, o preço do metal ainda pode continuar em alta. Especialistas preveem que o ouro poderá chegar à marca de 5.000 dólares por onça-troy em 2026.
*Texto gerado com auxílio da IA a partir de uma fonte autoral da Rádio Jornal, com edição de jornalistas profissionais.