notícias | Notícia

Salário ideal no Brasil: público sugere R$ 6.000 para viver com conforto, valor está abaixo do calculado pelo DIEESE

O Departamento Intersindical de Estatística (DIEESE) calcula o salário mínimo ideal em R$ 7.600 para uma família de quatro pessoas

Por Da Rádio Jornal Publicado em 08/10/2025 às 7:18

Coluna é da sua conta: afinal, qual seria o salário ideal para que um indivíduo ou família pudesse viver com conforto e sem grandes preocupações?. Essa pergunta, que viralizou nas redes sociais, é recorrente e levanta a discussão sobre o estabelecimento de um teto salarial que garanta a tranquilidade financeira.

Ouça o conteúdo original em áudio

O personal financeiro Leandro Trajano explica que o tema é relevante, especialmente porque o salário mínimo atual, muitas vezes, não atende às condições mínimas de vida.

R$ 7.600 vs. R$ 6.000: a importância da escolha e da organização financeira

Segundo o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que realiza pesquisas sobre o custo de vida, o salário mínimo ideal deveria ser de aproximadamente R$ 7.600.

Este cálculo leva em consideração a necessidade de atender o custo de vida básico do brasileiro, incluindo a cesta básica, para uma família composta por quatro pessoas (por exemplo, um casal e dois dependentes).

Historicamente, o salário mínimo nacional tem se mantido defasado em relação a essa recomendação necessária para que a família tenha dignidade e o suporte para o que é real e necessário. O Brasil, inclusive, tem o salário mínimo abaixo de países vizinhos na América do Sul, como Uruguai (R$ 3.200) e Chile (R$ 3.085), tomando como referência 2025.

A perspectiva dos ouvintes: o cálculo do “pé no chão”

Apesar da projeção do DIEESE, ouvintes que participaram do debate demonstraram ser "pé no chão" ao sugerir valores que consideram ideais para a tranquilidade. O valor de R$ 6.000 foi sugerido por duas vezes como um salário digno e razoável para viver bem e de forma estabilizada, com condições de pagar as contas e incluir o lazer.

Um dos participantes detalhou seu orçamento ideal para uma família de quatro pessoas (casal e dois filhos), chegando ao valor de R$ 6.000 como o salário mínimo ideal para sobreviver tranquilamente e ainda ter uma pequena poupança. As contas incluíam:

  • Plano de saúde bom: Em torno de R$ 1.000.
  • Moradia (aluguel razoável): Em torno de R$ 1.000.
  • Escola para dois filhos (R$ 500 semanal por criança): Em torno de R$ 1.000.
  • Feira básica (alimentação): Em torno de R$ 1.000.
  • Lazer (mensal): Em torno de R$ 500.

O lazer, inclusive, é citado como um elemento fundamental e prioritário, pois dá sentido ao trabalho e permite que a família possa ter momentos de descanso, seja em viagens, passeios, ou idas ao cinema.

O salário não resolve tudo: a chave são as escolhas

O personal financeiro Leandro Trajano questiona se o problema principal reside no salário ou na forma como ele é administrado. Ele destaca que nem sempre ganhar mais resolve a vida financeira.

A organização financeira é vista como a base. Casais com renda superior a R$ 40 mil ou R$ 50 mil podem sentir-se "apertados", enquanto famílias com rendas abaixo dos R$ 7.600 ideais conseguem viver dentro da realidade.

A questão central está nas escolhas diárias. Se a pessoa continuar a fazer escolhas que vão além de suas reais possibilidades, o dobro ou o triplo do salário não será suficiente.

  • Gastar Mais do que Ganha: Cerca de 60% (seis a cada dez) da população persistentemente gasta mais do que ganha.
  • Problemas Comuns: Isso é frequentemente associado ao uso inadequado do cartão de crédito e à confusão entre o que são necessidades reais e o que são meros desejos.

O planejamento mínimo é essencial, incluindo a prática de fazer um orçamento previsto versus realizado, que permite ajustes nas despesas e assegura que a pessoa gaste menos do que ganha. Para quem tem um salário limitado, a organização é ainda mais crucial para superar os desafios.

O especialista aconselha que mesmo diante de rendas extras (como 13º salário ou bônus de fim de ano), o cuidado na administração deve ser mantido, pois a falta de planejamento leva à insatisfação e ao endividamento.

*Texto gerado com auxílio da IA a partir de uma fonte autoral da Rádio Jornal

Compartilhe

Tags