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Álvaro Porto rebate crítica de presidente da Fiepe e ataca governo estadual

Presidente da Alepe sugere que empresariado cobre 'a responsável pela letargia administrativa do Estado', ao invés de censurar a PEC que dobra emendas

Por Filipe Farias Publicado em 18/11/2025 às 19:16

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Após as críticas feitas pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Bruno Veloso, à PEC que dobra o valor das emendas parlamentares da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), afirmando que tal iniciativa poderia comprometer a capacidade de investimento do governo estadual nos próximos anos, o presidente da Alepe, o deputado Álvaro Porto (PSDB), negou que a medida trará um impacto econômico e fiscal negativo para o Estado.

"Gostaríamos de lembrar que as entidades de classe, levadas por narrativas que não encontram assento na realidade dos fatos, têm sido utilizadas para criticar e, até mesmo, de maneira nada recomendável, tentar interferir e desmerecer a atividade legislativa - algo com o qual não podemos conviver e que jamais toleraremos. Esclarecemos, portanto, que, neste momento, a Assembleia Legislativa concentra-se tão somente em adequar as normas estaduais que disciplinam a destinação e o pagamento das emendas parlamentares ao que preconiza a legislação federal, inclusive em decorrência de decisões do Supremo Tribunal Federal", declarou Álvaro Porto.

A nova Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que aumenta o valor das emendas parlamentares impositivas a partir de 2027, foi aprovada nesta terça-feira (18) na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), mas ainda não tem data definida para ser levada à votação no plenário.

Ainda segundo o presidente da Alepe, os parlamentares da Casa Legislativa contribuem diretamente para as obras e ações estruturantes definidas pelo governo de Pernambuco.

"Imbuídos também do propósito de transformar o nosso Estado em um canteiro de obras estruturadoras, lembramos que esta Casa já aprovou, nesta Legislatura, mais de R$ 11 bilhões em operações de crédito a serem contratadas pelo Poder Executivo, dos quais apenas R$ 2,8 bilhões efetivamente ingressaram nos cofres públicos. Diferentemente de narrativas infundadas, os dados acima apontam para quem deve ser, de fato, o objeto das cobranças e da preocupação de Vossas Senhorias", disparou Álvaro Porto, em crítica direta ao governo de Raquel Lyra (PSD).

Por fim, o deputado estadual voltou a reprovar o governo estadual e abriu as portas do diálogo com a Fiepe. "Sugerimos, portanto, que concentrem esforços e energia naquela que é, efetivamente, a responsável pela letargia administrativa na qual o Estado se encontra, impedindo os investimentos necessários para o crescimento econômico de Pernambuco. Nos colocamos à disposição para debater e acolher qualquer tema de interesse dos empresários e da sociedade pernambucana" finalizou.

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