Ao lado de Lula, Luciana Santos defende frente ampla em 2026 para "isolar a extrema-direita"
Presidente do PCdoB lidera o 16º Congresso do partido, iniciado na quinta-feira (16), em Brasília, que contou com a presença de militantes e aliados

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Durante a abertura do 16º Congresso do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), na última quinta-feira (17), em Brasília, a presidente nacional da sigla, Luciana Santos, defendeu uma frente amplia para derrotar a extrema-direita em 2026. O evento contou com a participação do presidente Lula (PT) e de aliados do partido, como o prefeito do Recife João Campos (PSB).
Luciana destacou que o PCdoB precisa zelar por uma "convivência respeitosa" com aliados e também com adversários.
"Cada vez mais precisamos zelar por essa convivência respeitosa, sobretudo em tempos em que a extrema direita vem disseminando a cultura do ódio, da intolerância e da violência. A palavra de ordem de nosso partido é frente ampla e isolar a extrema direita", enfatizou.
O evento contou com a presença de cerca de mil militantes e aliados do PCdoB, discutindo temas da política nacional e os planos do partido para o pleito de 2026, com o foco principal na reeleição de Lula.
“Nosso país vive mais um momento crucial da nossa história. Temos, diante de nós, dois caminhos: ou seguimos pela via da soberania, do desenvolvimento e da democracia, ou retrocedemos ao autoritarismo e à submissão à extrema direita”, disse Luciana.
"Será uma batalha do Brasil de Tiradentes, daqueles que defendem a independência, a soberania e o desenvolvimento, contra o Brasil do Joaquim Silvério dos Reis, dos entreguistas, dos traidores da pátria", complementou.
O Congresso segue até o próximo domingo (19), quando Luciana, que também é ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, será reeleita presidente nacional do PCdoB.
Lula: "Se eu for candidato, não é para disputar, é para ganhar"
Em seu discurso, Lula enfatizou que, caso seja candidato em 2026, entrará "para ganhar" e reforçou o apelo para que a "extrema-direita" não volte ao governo.
"Se eu for candidato, não é para disputar, é para ganhar. Não temos o direito de permitir que a extrema direita volte a governar este país", disse.
O presidente também cobrou a militância de esquerda por uma atuação mais incisiva junto à população e com uma linguagem que seja entendida pelos milhões de brasileiros.
"Temos que pensar um país maior, um país que o povo seja capaz de compreender o que a gente está propondo para ele. Tem de ser um país que as pessoas acreditem que é possível ser construído. E muitas vezes eu acho que a nossa linguagem, o nosso discurso, está muito distante do nível de compreensão de milhões de pessoas que gostariam de nos escutar. Mas a gente muitas vezes não percebe que a linguagem é a melhor forma de expressão que Deus deu para nós", colocou.
Já o prefeito do Recife, João Campos, declarou que uma democracia forte prevê partidos fortes e uma imprensa livre.
"A gente sabe a história que o PCdoB tem no nosso país e na luta democrática brasileira", disse.