Alckmin sobre eleições de 2026: Lula é o candidato natural e tem o que mostrar
O vice-presidente e ministro do governo Lula, Geraldo Alckmin, elogiou a decisão do Senado Federal de arquivar a polêmica PEC da Blindagem

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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é "o candidato natural" a concorrer à Presidência da República em 2026 e "tem o que mostrar".
Ele evitou dar indicações sobre seu futuro político. Alckmin é cotado a concorrer ao governo de São Paulo, ao Senado Federal ou a se manter na chapa presidencial de Lula nas eleições do ano que vem.
"Nós estamos em ano ímpar. Então, candidato a presidente só se for do Santos Futebol Clube", disse Alckmin em entrevista ao apresentador Datena na na Rede TV.
"O presidente Lula, Datena, é o candidato natural. E tem o que mostrar. Mas isso tem seu tempo, é o ano que vem", finalizou.
PEC DA BLINDAGEM
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, elogiou a decisão do Senado Federal de arquivar a PEC da Blindagem. O texto tinha o objetivo de resgatar o recurso da licença prévia, mecanismo da Constituição derrubado em 2001, que previa o poder dos congressistas de autorizar ou barrar processos judiciais e ordens de prisão contra membros do Parlamento.
"Em relação à PEC da blindagem, eu acho que o Senado tomou a medida correta. O que a sociedade quer? Ela quer mais transparência, mais responsabilidade e espírito público. A PEC da blindagem fazia o contrário. Menos transparência, menos responsabilidade e menos o interesse coletivo", disse Alckmin.
Em relação à questão da anistia a condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro, Alckmin destacou que Constituição Brasileira estabelece os três poderes da República. "E tem uma ordem. O primeiro poder é o Legislativo, o segundo é o Executivo. As leis, que não é para mim ou para você, é para todos. Ninguém está acima da lei", disse. "O Judiciário dá a última palavra. Então a última palavra, quando você tem discussão em relação à lei, é do Judiciário, ele é o último a falar", prosseguiu.
Questionado sobre a proposta de redução de penas dos envolvidos no 8 de Janeiro, Alckmin admitiu a possibilidade de alterar o Código Penal para rever penas, mas disse que a sociedade quer que as penas subam, não que baixem.
"Acho que a gente tem que agir com cautela neste momento e confiar na justiça", completou.
TAXA DE JUROS
Alckmin defendeu a redução da taxa básica de juros, dizendo que o governo trabalha para que ela caia o mais rápido possível. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC) manteve a Selic em 15 0% ao ano.
"Estamos vivendo, com todas as dificuldades do mundo, um bom momento. Porque o desemprego caiu, está em 5,6%. A renda média deu uma subida. O salário mínimo deu uma subida. A inflação de alimentos começou a cair. Então, arroz, feijão, pão, reduziram. Porque nós estamos com uma safra recorde, 16% a mais este ano do que o ano passado. Então, precisa baixar a taxa Selic, os juros" disse Alckmin ao apresentador Datena.
Indagado sobre a previsão para corte dos juros, Alckmin disse: "Estamos trabalhando para ser o mais rápido possível, porque isso atrapalha a economia".
"Reduzindo a taxa de juros e equacionando melhor essa questão do tarifaço dos EUA, o Brasil tem tudo para crescer mais", destacou.