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Julgamento de Bolsonaro no STF domina debates na Alepe

O deputado João Paulo (PT) elogiou as posições dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que votaram pela condenação de todos os réus

Por JC Publicado em 11/09/2025 às 17:54

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 O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus no Supremo Tribunal Federal (STF), acusados de tentativa de golpe de Estado, pautou a reunião plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta quinta-feira (11). Deputados estaduais, com posições divergentes, expressaram suas opiniões sobre o caso que seria votado à tarde.

O deputado João Paulo (PT) elogiou as posições dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que votaram pela condenação de todos os réus. Para ele, o voto de Moraes foi "histórico, rigoroso e exemplar", enquanto o de Dino "honra a justiça e fortalece a memória da democracia". João Paulo alertou que o Brasil não pode "repetir o erro de 64, quando os golpistas foram anistiados e a impunidade alimentou novas aventuras autoritárias".

Sobre o voto do ministro Luiz Fux, que se manifestou pela absolvição de Bolsonaro, o deputado petista avaliou que a divergência "não afeta em nada a dignidade do STF, mas, pelo contrário, mostra a solidez institucional da corte".

A deputada Dani Portela (PSOL) também criticou a posição de Fux, considerando que seu voto descaracteriza a gravidade dos atos. Para ela, os eventos de 8 de janeiro não foram aleatórios, mas o "resultado de uma ação que vinha sendo planejada há anos". "Se esse golpe tivesse sido bem sucedido, eu nem estaria aqui nesta tribuna, as casas legislativas seriam fechadas e o ministro Fux não teria a oportunidade de votar ontem", afirmou.

DEFESA DE FUX

Em contrapartida, o deputado Coronel Alberto Feitosa (PL) defendeu a posição de Luiz Fux, reafirmando sua tese de que o STF seria incompetente para julgar o caso. Feitosa classificou o processo como "perseguição política" com o objetivo de impedir que Bolsonaro dispute as eleições de 2026. "Sabem que, se ele for às urnas, será vencedor", afirmou o parlamentar, que disse ainda não ter dúvidas de que o julgamento será anulado.

*Com informações da assessoria da Alepe

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