Bolsonaro tem celular apreendido após busca da PF
Ação foi autorizada por Moraes na mesma decisão que determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro, sob a justificativa de risco de obstrução à Justiça

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Em mais uma ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a Polícia Federal (PF) cumpriu um mandado de busca e apreensão em sua residência em Brasília, na tarde desta segunda-feira (4), e apreendeu seu telefone celular pessoal.
A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ocorreu como parte da mesma decisão que, horas antes, havia determinado a prisão domiciliar do ex-presidente.
O motivo da operação
Segundo a decisão de Moraes, tanto a prisão domiciliar quanto a busca e apreensão foram necessárias devido ao descumprimento de medidas cautelares impostas anteriormente e ao risco contínuo de obstrução da Justiça por parte de Bolsonaro.
A apreensão do celular tem como objetivo principal buscar provas de que o ex-presidente teria violado a proibição de se comunicar com outros investigados no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado. O aparelho será submetido a perícia pela Polícia Federal.
Escalada da investigação
A operação desta segunda-feira representa uma das fases mais agudas da investigação contra o ex-presidente. A busca em sua residência e a apreensão de seu principal meio de comunicação pessoal são medidas investigativas de alta complexidade e indicam um aprofundamento nas apurações do STF.
As ações ocorrem no âmbito do inquérito que investiga a suposta trama para anular o resultado das eleições de 2022 e manter Bolsonaro no poder.