Sobre tarifaço de Trump, Raquel Lyra diz acreditar no "poder de negociação" do Brasil
A governadora de Pernambuco deu a declaração no ato de entrega de novas viaturas à Polícia Militar de Pernambuco e o Corpo de Bombeiros

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Durante o cumprimento de agenda oficial, nesta sexta-feira (18), a governadora Raquel Lyra (PSD), foi questionada sobre os impactos da tarifa anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o Brasil e, mais especificamente, Pernambuco. A governadora respondeu acreditar no "poder da negociação", ressaltando que exportadores pernambucanos estão atuando em busca de soluções.
“Existem algumas projeções que podem ser as perdas econômicas de Pernambuco, a partir da decisão do presidente americano. Mas não tenho dúvida nenhuma do poder de negociação. A gente tem representantes de Pernambuco, e eu, diretamente, trabalhando junto com o Grupo de Trabalho montado com representantes do setor canavieiro, com Renato Cunha, do Sindaçúcar, Guilherme Coelho, presidente da Abrafrutas. Estão trabalhando muito para poder garantir a continuidade das exportações”, afirmou Raquel.
"Somos o maior exportador de frutas do Brasil e vamos continuar sendo. A gente acredita que a safra que vem para agosto vai ser exportada. Não vamos falar de prejuízo, vamos falar de futuro", continuou.
A governadora de Pernambuco deu a declaração no ato de entrega de novas viaturas à Polícia Militar de Pernambuco e o Corpo de Bombeiros.
IMPACTOS EM PERNAMBUCO
A fruticultura de Pernambuco já sente os duros impactos do tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A preocupação é crescente, especialmente no Vale do São Francisco, onde um volume expressivo de manga, pronta para embarque, está parado e corre o risco de não ser mais enviado para o mercado norte-americano.
A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) estima que cerca de 2.500 contêineres, contendo até 14 milhões de caixas, aguardam exportação. Guilherme Coelho, presidente da Abrafrutas, já alertou para a gravidade da situação, que afeta diretamente um setor vital para a economia local.