Deputado Júnior Mano é alvo de operação da PF contra desvio de verbas públicas, diz portal de notícias
Mandados foram cumpridos em Brasília e cidades do Ceará após autorização do STF; investigação apura fraudes com emendas parlamentares

A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira (8) 15 mandados de busca e apreensão. Um dos alvos é o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE).
A operação investiga uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos por meio de fraudes em licitações e contratos com prefeituras.
A informação é da coluna do jornalista Fábio Serapião, do Metrópoles. As medidas foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Os mandados incluem buscas no gabinete de Júnior Mano, na sua residência oficial em Brasília e em um imóvel em Fortaleza. Também há diligências nas cidades cearenses de Nova Russas, Eusébio, Canindé e Baixio.
Esquema envolveria emendas e contratos direcionados
De acordo com a Polícia Federal, “o núcleo investigado é suspeito de articular o direcionamento de verbas públicas a determinados municípios cearenses mediante contrapartidas financeiras ilícitas, além de influenciar procedimentos licitatórios por meio de empresas vinculadas ao grupo”.
A operação também determinou o bloqueio de R$ 54,6 milhões em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao esquema.
Os crimes apurados incluem organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica com fins eleitorais e captação ilícita de sufrágio.
Denúncia partiu de prefeita durante campanha de 2022
O nome de Júnior Mano surgiu na investigação após prefeita de um município no Ceará relatar, durante a campanha eleitoral de 2022, supostos crimes eleitorais cometidos pelo deputado e por um aliado político — o prefeito do município de Choró.
Segundo ela, Júnior Mano encaminhava emendas parlamentares ao prefeito, que seria o responsável por “lavar” os valores repassados.
Segundo depoimento prestado à investigação, o esquema consistia em oferecer recursos públicos a gestores municipais com a promessa de um percentual de retorno — como no exemplo de um repasse de R$ 1 milhão, com devolução de 15% ao responsável pela prefeitura. De acordo com a denunciante, pelo menos 51 municípios teriam recebido valores por meio desse modelo. As investigações seguem em andamento.
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