Líder do PSB na Câmara, Pedro Campos diz que partido quer manter Alckmin na vice-presidência
Declaração do deputado não tem confirmação do próprio vice. Setores do governo defendem outro destino para Alckmin, como o Senado ou o governo de SP

O líder do PSB na Câmara, deputado Pedro Campos, afirmou que o partido trabalha para manter o vice-presidente Geraldo Alckmin na chapa de reeleição do presidente Lula em 2026.
“Estamos lutando por isso”, disse o parlamentar pernambucano em entrevista ao site Congresso em Foco, sem comentar se esse é também o desejo do próprio Alckmin.
Há setores do governo que defendem outro destino para o vice, como uma candidatura ao Senado ou ao governo de São Paulo, de forma a abrir espaço para uma nova composição no Planalto e fortalecer a representação política no maior colégio eleitoral do país.
Pedro, como se sabe, é irmão do presidente nacional do PSB, o prefeito do Recife, João Campos. Segundo o deputado, a representação em Brasília também está entre os projetos da legenda.
“A prioridade do partido na próxima eleição aumentará o número de representantes no Congresso”, afirmou.
Alinhamento com o governo e pontuais divergências
Desde o início do mandato, Pedro Campos votou 97% das vezes conforme a orientação do governo, segundo o Radar do Congresso, do Congresso em Foco. O índice o coloca entre os parlamentares mais alinhados ao Planalto.
Ele foi um dos três deputados do PSB que votaram para manter o decreto presidencial que elevava a alíquota do IOF, derrubado pela maioria da Câmara — incluindo nove deputados do próprio PSB.
Segundo o parlamentar, esse voto não indica uma ruptura da bancada com o governo, mas reflete uma posição específica sobre a carga tributária. “Essa base foi muito importante para a reforma tributária, o arcabouço fiscal, o Paten, o Acredita, o Mover”, disse, citando programas e marcos econômicos apoiados pelo Congresso.
Pedro Campos também rejeita a ideia de crise entre os Poderes. Para ele, divergências entre Executivo e Legislativo fazem parte do processo democrático. “Tem sido assim no Brasil nos últimos anos”, afirmou.