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Quaest: Ação mais radical do governo Lula representa virada nas redes, e atinge Hugo Motta

O levantamento, divulgado na última sexta-feira (4), aponta uma "vitória do governo nas redes" e uma "virada no embate de narrativas e mobilização"

Por Estadão Conteúdo Publicado em 05/07/2025 às 0:27

Uma pesquisa recente da Quaest revela uma mudança significativa na dinâmica das redes sociais em relação à campanha do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). O levantamento, divulgado na última sexta-feira (4), aponta uma "vitória do governo nas redes" e uma "virada no embate de narrativas e mobilização", contrastando com a queda na aprovação do governo no primeiro semestre.

Mobilização digital e alvo das críticas

Desde 25 de junho, a campanha de boicote aos parlamentares ganhou força, gerando mais de 300 mil menções com a hashtag "InimigosDoPovo". Entre 24 de junho e a última sexta-feira, o volume de citações sobre o tema atingiu 4,4 milhões, o equivalente a 18 mil menções por hora.

O sentimento predominante é de crítica ao Congresso, com 61% das menções em tom negativo, enquanto apenas 11% atacam o governo em relação à taxação.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), é o principal alvo dos governistas, concentrando 8% das menções e sendo visto como a personificação das críticas às decisões impopulares do Legislativo. Termos como "Inimigos do Povo" (18%) e "Congresso da Mamata" (13%) são os mais citados na campanha contra a derrubada da taxação.

Lula e o engajamento parlamentar

Apesar do embate entre Executivo e Legislativo ter chegado ao Judiciário, com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcando uma reunião de conciliação para 15 de julho, o presidente Lula não é o foco central do desgaste. Apenas 15% das menções ao Congresso citam Lula, e 45% das citações sobre o presidente são positivas, contra 31% negativas – um resultado mais favorável em comparação com outras disputas.

A Quaest também identificou uma dinâmica diferente no volume de postagens de parlamentares. Os governistas superaram a oposição, com 119 parlamentares da base de Lula responsáveis por 741 publicações (quase 50% do total). Em contrapartida, 112 congressistas da oposição fizeram 378 postagens. Além disso, 79 parlamentares de centro contribuíram com 218 publicações nas redes.

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