Raquel Lyra nega pedido de Lula Cabral para convocar Força Nacional no Cabo: 'temos condição de enfrentar a criminalidade'
Prefeito do Cabo de Santo Agostinho fez o pedido pessoalmente à governadora na última quarta. Gestora citou números da SDS para justificar negativa.

A governadora Raquel Lyra (PSD) afirmou nesta quinta-feira (26) que não vai encaminhar ao governo federal o pedido feito pelo prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (Solidariedade), para convocar a Força Nacional para atuar na segurança do município.
O protocolo de intervenção da Força Nacional de Segurança envolve a comunicação do município com o governo do estado e, em seguida, com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Raquel Lyra justificou a decisão elencando ações realizadas pela secretaria de Defesa Social (SDS) na segurança dos municípios.
"Agora a gente tem um programa sério que envolve a qualificação do pessoal, a reestruturação das carreiras, novos concursos públicos, invesvimento em inteligencia policial. Temos absoluta condição de enfrentar a criminalidade como nós estamos fazendo, então nós não vamos encaminhar ao governo federal o pedido de Força Nacional", disse a governadora.
A declaração foi dada no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, após o lançamento de um programa do governo voltado ao acolhimento a pessoas usuárias de droga.
A governadora, contudo, evitou entrar no mérito político do pedido feito pelo prefeito Lula Cabral, que é aliado do prefeito João Campos (PSB), possível adversário dela na eleição do ano que vem.
"Este é o 13º mês consecutivo de redução de homicídios e redução de crime contra o patrimônio. O meu diálogo com o prefeito do Cabo de Santo Agostinho é mostrando os números deste ano, onde a gente reduziu cerca de 12% de homicídios. As nossas polícias estão prontas para enfrentar a criminalidade no nosso estado", completou Raquel.
Lula Cabral foi ao Palácio pedir pela Força Nacional
Na última quarta-feira (25), o prefeito Lula Cabral foi até a sede do governo estadual para fazer o pedido pela Força Nacional pessoalmente à governadora.
O governo estadual havia sinalizado que não atenderia o pedido do prefeito, mas se limitou a falar sobre os números da atuação da SDS no estado.
Em nota enviada à imprensa, a gestão Raquel mostrou "queda de 14% nos registros de homicídios entre os meses de janeiro e junho (até o dia 24) de 2025, na comparação com o mesmo período de 2024".
A nota também informou que em "2023, o Cabo de Santo Agostinho registrou a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes dos últimos 8 anos (63,5)", reivindicando reconhecimento sobre a melhora dos índices sob a nova gestão.