TIKTOK | Notícia

Janja afirma que TikTok favorece a direita durante reunião com Xi Jinping

Primeira-dama teria expressado preocupação com os "efeitos nocivos" da plataforma no Brasil; presidente chinês Xi Jinping reagiu diplomaticamente

Por Thiago Seabra Publicado em 13/05/2025 às 17:55

A primeira-dama brasileira, Janja Lula da Silva, teria protagonizado um momento de desconforto diplomático durante um encontro oficial entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder chinês Xi Jinping.

Segundo relatos de integrantes da comitiva brasileira presentes na reunião, o incidente ocorreu quando Janja pediu a palavra para criticar a rede social chinesa TikTok. As informações são do portal G1.

Ela teria expressado preocupação com os "efeitos nocivos" da plataforma no Brasil.

Crítica de Janja ao TikTok

A principal crítica da primeira-dama foi que o algoritmo do TikTok "favorece a direita", tornando-se um desafio para o Brasil.

Ela teria descrito o TikTok como uma ferramenta de desinformação e manipulação política.

A primeira-dama da China, Peng Liyuan, teria ficado desconfortável ou irritada com a abordagem.

Em resposta à crítica, o presidente chinês Xi Jinping teria reagido diplomaticamente, afirmando que o Brasil tem "legitimidade para regular e até banir" a plataforma, se considerar necessário.

A menção ao TikTok é particularmente sensível no contexto atual. A plataforma está no centro de uma disputa nos Estados Unidos, onde o governo tenta forçar a venda das operações americanas da empresa controladora chinesa ByteDance.

O episódio contrasta com o clima geral de cooperação da visita de Lula à China, que incluiu a assinatura de mais de 30 acordos bilaterais e o reforço dos laços diplomáticos e comerciais entre os dois países.

Brasil e China 'dispostos a unir vozes contra protecionismo'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta terça-feira (13), ao lado do presidente da China, Xi Jinping, que os dois países estão "dispostos a unir suas vozes contra o unilateralismo e o protecionismo".

Mesmo sem mencionar o nome do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em nenhum momento de sua declaração à imprensa após assinatura de atos com o governo chinês, Lula fez referência à política tarifária do estadunidense.

O presidente brasileiro disse que "guerras comerciais não têm vencedores" e que o "mundo se tornou mais imprevisível, instável e fragmentado" nos últimos meses.

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