Janja afirma que TikTok favorece a direita durante reunião com Xi Jinping
Primeira-dama teria expressado preocupação com os "efeitos nocivos" da plataforma no Brasil; presidente chinês Xi Jinping reagiu diplomaticamente

A primeira-dama brasileira, Janja Lula da Silva, teria protagonizado um momento de desconforto diplomático durante um encontro oficial entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder chinês Xi Jinping.
Segundo relatos de integrantes da comitiva brasileira presentes na reunião, o incidente ocorreu quando Janja pediu a palavra para criticar a rede social chinesa TikTok. As informações são do portal G1.
Ela teria expressado preocupação com os "efeitos nocivos" da plataforma no Brasil.
Crítica de Janja ao TikTok
A principal crítica da primeira-dama foi que o algoritmo do TikTok "favorece a direita", tornando-se um desafio para o Brasil.
Ela teria descrito o TikTok como uma ferramenta de desinformação e manipulação política.
A primeira-dama da China, Peng Liyuan, teria ficado desconfortável ou irritada com a abordagem.
Em resposta à crítica, o presidente chinês Xi Jinping teria reagido diplomaticamente, afirmando que o Brasil tem "legitimidade para regular e até banir" a plataforma, se considerar necessário.
A menção ao TikTok é particularmente sensível no contexto atual. A plataforma está no centro de uma disputa nos Estados Unidos, onde o governo tenta forçar a venda das operações americanas da empresa controladora chinesa ByteDance.
O episódio contrasta com o clima geral de cooperação da visita de Lula à China, que incluiu a assinatura de mais de 30 acordos bilaterais e o reforço dos laços diplomáticos e comerciais entre os dois países.
Brasil e China 'dispostos a unir vozes contra protecionismo'
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta terça-feira (13), ao lado do presidente da China, Xi Jinping, que os dois países estão "dispostos a unir suas vozes contra o unilateralismo e o protecionismo".
Mesmo sem mencionar o nome do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em nenhum momento de sua declaração à imprensa após assinatura de atos com o governo chinês, Lula fez referência à política tarifária do estadunidense.
O presidente brasileiro disse que "guerras comerciais não têm vencedores" e que o "mundo se tornou mais imprevisível, instável e fragmentado" nos últimos meses.