Saída de Lupi marca rompimento do PDT com Governo Lula na Câmara
Apesar do posicionamento da sigla na Câmara dos Deputados, o PDT reiterou - por meio de nota - o apoio ao Governo Lula no Senado Federal

Após semanas de tensões e insatisfações, o PDT anunciou o rompimento com a base de apoio ao Governo Lula na Câmara dos Deputados.
A decisão, unânime entre os membros da bancada, se deu após a recente crise envolvendo denúncias de fraudes e desvios no INSS, que culminaram com a saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social.
No entanto, a insatisfação do PDT com o governo Lula já vinha se acumulando, com queixas de falta de reciprocidade e respeito por parte do Palácio do Planalto. A nomeação de Wolney Queiroz como novo titular da pasta também seria um dos motivos do rompimento, já que não havia sido combinado com a bancada.
Racha no Partido?
Enquanto a bancada do PDT na Câmara decidiu pela independência, os senadores do partido optaram por manter o apoio ao Governo Lula no Senado Federal. A sigla emitiu uma nota reiterando a posição dos senadores Ana Paula Lobato, Leila Barros e Weverton Rocha - líder do PDT no Senado.
Confira a nota:
"Em comum acordo e por unanimidade, os senadores do PDT, Ana Paula Lobato, Leila Barros e Weverton Rocha* decidiram pela permanência do partido na base do governo do presidente Lula no Senado.
A decisão foi tomada tendo por base a afinidade da bancada com o governo tanto no projeto de desenvolvimento para o Brasil, como na maioria das pautas no Senado.
A bancada do Senado respeita a posição da bancada na Câmara dos Deputados e, embora tenha um posicionamento diferente, reitera que o partido segue unido em defesa dos ideais trabalhistas".