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Pernambuco reduz pobreza em 2024, mas é o 2º estado mais desigual do país

Estado tem menor nível de pobreza em 14 anos, mas ainda registra a 5ª maior taxa do país; desigualdade só é menor que a do Distrito Federal

Por Thiago Seabra Publicado em 02/06/2025 às 18:32

Pernambuco alcançou em 2024 os menores percentuais de pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza desde o início da série da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) sobre Rendimento, iniciada em 2012.

A informação é baseada em um estudo realizado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o levantamento, Pernambuco registrou uma queda nesses indicadores em comparação com os anos anteriores:

  • Pobreza: caiu de 47,7% da população em 2023 para 40,3% em 2024;
  • Extrema pobreza: caiu de 9,3% em 2023 para 6,3% em 2024.

Esses números, de 2023 para cá, representam a saída de aproximadamente 972 mil pessoas da pobreza e 563 mil da extrema pobreza em dois anos.

Apesar da melhora nos indicadores sociais, Pernambuco ainda figura entre os estados com maior vulnerabilidade socioeconômica do país.

Em 2024, a taxa de 40,3% coloca o estado com a quinta maior taxa de pobreza do Brasil.

No recorte da extrema pobreza, a taxa caiu de 9,3% em 2023 para 6,3% em 2024, o que fez o estado descer da 4ª para a 6ª posição no ranking nacional — uma colocação que, embora represente progresso local, ainda insere Pernambuco entre os piores cenários do país.

Desigualdade em Pernambuco

Outro dado relevante é o Índice de Gini, que mede a desigualdade na distribuição de renda — quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade, e quanto mais próximo de 0, mais igualitária é a renda entre a população.

Pernambuco apresentou um Gini de 0,523 em 2024, o segundo mais alto do país, atrás apenas do Distrito Federal.

No ano anterior, o estado ocupava a 13ª posição, com índice de 0,496, o que evidencia um agravamento na desigualdade social no período.

Em 2024, Pernambuco registrou um rendimento médio mensal de R$ 2.221, valor significativamente abaixo da média nacional (R$ 3.057) e o quarto mais baixo do país.

Aumento da renda da população pernambucana

A governadora Raquel Lyra (PSD) também destacou programas sociais como contribuintes para o aumento da renda da população.

Entre eles, o Pernambuco Sem Fome, que distribuiu mais de 14 milhões de refeições no ano passado.

"Esses números mostram o esforço que todo o time do Governo de Pernambuco tem empenhado para mudar a rota que o Estado tinha no passado. O jogo está virando, com o nosso povo tendo mais oportunidades de emprego e renda", afirmou Raquel Lyra.

Secretaria reforça atuação estatal

O secretário de Planejamento, Fabrício Marques, também comentou os dados.

"Os dados reforçam que Pernambuco está crescendo de forma sustentável, não deixando ninguém para trás, um compromisso da gestão", disse.

Segundo ele, o aumento do investimento público em 2024 foi essencial para acelerar os resultados econômicos e sociais registrados na pesquisa.

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