HABITAÇÃO | Notícia

Três anos após tragédia de Jaboatão, Governo Federal investe R$ 59 milhões em reconstrução de moradias

Cerca de 393 famílias devem ser beneficiadas e, além da construção dos habitacionais, recursos serão destinados para obras de infraestrutura

Por Laís Nascimento Publicado em 23/05/2025 às 14:06

Três anos após a tragédia que atingiu Jaboatão dos Guararapes e vitimou 64 pessoas, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, por meio da Defesa Civil Nacional, empenhou R$ 59 milhões para a reconstrução de unidades habitacionais destruídas pelas fortes chuvas.

O investimento visa substituir as moradias destruídas ou as que estão permanentemente interditadas. A prefeitura tem 190 dias para identificação do terreno, elaboração do projeto de execução e licitação.

Cerca de 393 famílias devem ser beneficiadas e, além da construção dos habitacionais, os recursos serão destinados para obras de infraestrutura, como pavimentação, drenagem e tratamento de efluentes.

O município fará um chamamento público para selecionar empresas da área de construção civil para a elaboração dos projetos.

Entre os dias 25 de maio e 7 de junho de 2022, Jaboatão foi marcado por um dos maiores desastres da sua história recente envolvendo as fortes chuvas. Além das 64 mortes por deslizamentos de barreiras, milhares de famílias ficaram desabrigadas.

Em abril deste ano, moradores de Jardim Monte Verde, zona limítrofe entre Jaboatão e Recife e comunidade mais afetada pela tragédia de 2022, realizaram um protesto para reivindicar ações de prevenção de deslizamentos e obras de urbanização das áreas afetadas pelas últimas enchentes.

“Nas enchentes, chega a dar dois metros de água em todas as casas, acaba tudo. A gente ficou vivendo de esmola”, lamentou Eliane Maria da Silva, presidente da Associação dos Moradores da Vila das Aeromoças, localizada na comunidade.

Jaboatão é a 4ª cidade do Brasil com mais pessoas vivendo em áreas de risco. De acordo com levantamento da Casa Civil e pelo Ministério das Cidades, 29,2% dos habitantes do município - mais de 188 mil pessoas - moram em locais suscetíveis ao risco.

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