Militantes do MST são atropelados durante protesto no Recife; deputada denuncia que motorista furou bloqueio e fugiu
Marcha faz parte da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária. Segundo MST, o objetivo é pressionar por políticas públicas

Um militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi atropelado na, manhã desta terça-feira (15), em uma caminhada pelas ruas do Recife. A marcha faz parte da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária.
Em um post nas redes sociais, a deputada estadual Rosa Amorim (PT) denunciou que dois militantes do MST teriam sido atropelados por um carro que furou o bloqueio durante a manifestação, na Avenida Abdias de Carvalho, no bairro dos Torrões, nas imediações do Compaz Ariano Suassuna.
Segundo a petista, que é uma apoiadora do movimento e acompanha a caminhada, o condutor do carro se negou a dar socorro e fugiu do local.
"Um dos militantes precisou ser socorrido e hospitalizado. Estamos tomando as medidas cabíveis para que o responsável seja identificado e responsabilizado pelos seus atos", disse a deputado no post.
De acordo com Rosa Amorim, um dos manifestantes, identificado como Gideone Sinfrônio de Menezes Filho, de 67 anos, está em estado grave. Ele foi levado para UPA dos Torrões e, posteriormente, transferido para o Hospital da Restauração. Segundo a assessoria da deputada, a vítima teve traumatismo craniano e está entubado.
Em contato com a reportagem do JC-PE, a Polícia Civil de Pernambuco afirmou que iniciou as diligências para localizar as fotos que foram feitas no momento do acidente e, assim, identificar o condutor do veículo que causou o acidente.
Caminhada
De acordo com o movimento, a caminhada teve início na Praça da Chesf, no bairro dos Torrões, Zona Oeste do Recife. O destino final será o Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo de Pernambuco.
Segundo MST, o objetivo é pressionar por políticas públicas que garantam o direito a terra e à produção de alimentos saudáveis para o povo brasileiro.
Segundo o movimento, cerca de 16 mil famílias acampadas esperam uma resposta sobre as desapropriações de terras improdutivas.