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A auditoria independente é imprescindível aos negócios

Ao analisar os controles internos, a asseguração razoável contribui para o aperfeiçoamento da gestão contábil, financeira e operacional ........

Por CARLA E CLÁUDIO SÁ LEITÃO Publicado em 19/06/2025 às 0:00 | Atualizado em 19/06/2025 às 10:10

O mercado, de modo especial o de capitais e o financeiro, está em constante movimento sempre com novas regras e exigindo cada vez mais transparência nas informações. Nesse cenário dinâmico da economia, a auditoria independente (AI) atua como um pilar de confiança, contribuindo para que as informações contábeis e financeiras, reflitam com mais propriedade a realidade da saúde das empresas. E, ainda, de acordo com as conformidades legais, previne erros e até fraudes, fortalece a confiança dos stakeholders e promove a governança corporativa (GC) das empresas.

Regulada por normas brasileiras e internacionais e conduzida com rigor técnico, a AI é essencial para a credibilidade do mercado e, por isto, fortalece a GC e contribui para um ambiente de negócios mais seguro. A AI não participa da administração, elaborando os números integrantes das demonstrações contábeis (DC'S), nem acompanha e supervisiona a gestão e nem muito menos participa da implantação dos controles internos, que assegura a qualidade dos dados e dos valores apresentados. A responsabilidade da AI está em examinar os dados integrantes das DC'S, indagando quanto as eventuais inconsistências detectadas, por ocasião do exame dos dados e emitindo um parecer técnico, de modo a contribuir para o aprimoramento e a qualidade das informações e a transparência ao mercado.

No decorrer dos trabalhos, os AI adotam processos rigorosos, que envolvem diferentes níveis de análises e de asseguração, de modo a facilitar e proporcionar ao mercado a tomar decisões acertadas, quanto a qualidade das informações apresentadas e dos riscos relacionados com a alocação de recursos a serem aplicados. Ao analisar os controles internos, a asseguração razoável contribui para o aperfeiçoamento da gestão contábil, financeira e operacional das empresas, reduzindo o nível de exposição a riscos e fortalecendo o ambiente dos negócios. Frequentemente, apontam erros e sugerem ajustes materiais que são reconhecidos nas DC'S, antes da emissão do relatório final, e que não são divulgados ao mercado, mas que contribuem para uma maior qualidade das informações corporativas.

Vale salientar que, a responsabilidade pela integridade das DC'S continua sendo da administração das empresas, cabendo a AI avaliar se estas refletem adequadamente em todos os aspectos relevantes, sua realidade econômica, dentro dos padrões contábeis aplicáveis, estabelecidos pelos órgãos competentes da profissão, como o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), o Banco Central do Brasil (BACEN), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entre outros, que adotam as normas internacionais estabelecidas pelo International Auditing and Assurance Standards Board (IAASB) e que seguem as diretrizes do International Ethic Standards Board (IESB).

O auto - grau de regulação e de exigência, a fim de atender os rígidos padrões técnicos da profissão, contribuem ainda mais para a independência e a qualidade do trabalho de auditoria. À medida que as empresas buscam fortalecer sua transparência e credibilidade, a AI torna cada vez mais imprescindível aos negócios, tornando-se relevante no contexto operacional das empresas.

Carla e Cláudio Sá Leitão , sócios da Sá Leitão Auditores e Consultores.

 

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