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Ancelotti subindo e Neymar dançando na Sapucaí

Arrogância e vaidade são venenos da alma. Em decorrência delas muitos talentos afundaram. Uma vergonha, coisa de moleque...........

Por ARTHUR CARVALHO Publicado em 11/06/2025 às 0:00 | Atualizado em 11/06/2025 às 10:51

Recentemente eu disse aqui que a vaidade doentia e a irresponsabilidade matam Neymar. Ele lesionou-se na mesma ocasião que Hulk, que passou o Carnaval se tratando e ele foi brincar. Essa é a grande diferença entre o atleta sério e o lunático. Sua atuação no Santos tem sido o espelho do indivíduo desequilibrado. Por trás dele está seu pai com declarações e atitudes de cafajeste. É visível sua má influência no filho. Ele e Neymar são donos do mundo e da verdade, mas o mundo não tem dono, a vida é como ela é, não como querem que ela seja.

Arrogância e vaidade são venenos da alma. Em decorrência delas muitos talentos afundaram. Seu comportamento na partida contra o Botafogo foi uma vergonha, coisa de moleque. Agrediu o adversário, e seu gol de mão foi o retrato de um craque decadente. Ele mandava e desmandava em Tite. Agora temos treinador. Queria ver ele mandar em João Saldanha, Fleitas Solich, Osvaldo Brandão e Tim.

Embora tenha vindo tardiamente pro Brasil, Ancelotti assumiu o controle da Seleção. Tem moral pro time com seu vasto e vitorioso currículo, competência, fina educação e forma afetuosa de tratar seus discípulos, beijando-os e abraçando-os socialmente. Responde a todas as perguntas da imprensa, ao contrário do inseguro Tite e do fascista e grosseiro salazarista Abel Ferreira do Palmeiras, especialista em ofender o Brasil em suas entrevistas debochadas e ferinas, agredir repórteres, campeão de cartão vermelho, e expulsões de campo, misógino, e subserviente à sua presidente milionária.

Enquanto Cristiano Ronaldo dá exemplo de profissionalismo, treinando incessantemente para manter a forma, apesar de extraordinário artilheiro, prestes a alcançar Pelé, Neymar prefere curtir Rei Momo, retardando sua cura, prejudicando o Peixe.

Faz tempo, o lendário e saudoso Oduvaldo Cozzi, maior locutor esportivo brasileiro, dicção perfeita, erudição e criatividade, que cobriu sete Copas, encontrou um centroavante do São Paulo numa boate da Avenida São João à noite e o censurou: "Osvaldo, você bebendo numa semana da decisiva contra o Corinthians!" E Osvaldo: "Você também não está bebendo?" E Cozzi: "Mas eu não vou jogar uma final contra o Corinthians amanhã!"

Na copa de setenta, o jovem lateral esquerdo Marco Antônio, do Fluminense, era o titular, mas mascarou-se e Pelé disse-lhe: "Pra com isso!"

Arthur Carvalho, da Associação Brasileira de Imprensa - ABI

 

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