Afundaram o Sport

Não existe, no futebol brasileiro, praga maior do que o tal do cartola. Os cartolas já nasceram corruptos e tudo que eles fazem, tem a corrupção, a mentira e a desonestidade no meio. E o problema se agrava cada vez mais: eles se aperfeiçoam com o tempo. Não vou citar nomes dos dirigentes ilustres de antigamente para não cometer injustiça por omissão, mas gostaria de lembrar Antônio Baltar, presidente do Sport, Eládio de Barros de Carvalho, do Náutico e James Thorp do Santa Cruz. Eram homens realizados em umas respectivas profissões, respeitados pela sociedade que engrandeciam seus clubes e não prevaricavam em busca de holofotes.

E agora?

O ex-presidente da CBF Ednaldo Rodrigues, foi afastado do cargo ontem (16/05), acusado pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Gabriel de Oliveira Zefiro de estelionato. Ricardo Teixeira, um de seus antecessores, não pode sair do Brasil senão vai em cana, por corrupção. A atual diretoria do Sport que nada entende de futebol, principalmente seu Yuri, reeleito pelos marginais da torcida organizada, enterraram o meu querido Sport Club do Recife, por incompetência, ignorância e burrice, gastando fortunas em contratações erradas de jogadores importados e sem categoria, levando o tradicional clube, duas vezes campeão brasileiro, à humilhantes derrotas. De onde veio seu presidente? Quem é ele? Ele, vaiado estrepitosamente, pelos verdadeiros rubro negros, que saem de casa à noite com suas famílias para assistirem as tragédias de seu clube?

Não tem solução pro futebol brasileiro. Há mais de cem anos, nossos "craques" são expulsos quando entram em campo. Ontem a noite, Alisson do São Paulo, foi expulso aos dezesseis minutos do primeiro tempo contra o Libertad, numa entrada criminosa contra um paraguaio, podendo quebrar as pernas do adversário. Ao sair do gramado, foi delirantemente aplaudido por sua numerosa e seleta torcida em claro e condenável apoio à sua covarde agressão. Sou torcedor do São Paulo, então sou suspeito para falar.

Fui bicampeão invicto pelo juvenil do Sport "54/55". Não havia cartão amarelo e vermelho, mas não precisava porque, nunca, jamais, algum de nós foi expulso e Mainha nunca perdeu pênalti nem escanteio. Esse time do Sport é o recordista nacional de gols contra, atrasados pela defesa e de gols perdidos pelos atacantes.

Arthur Carvalho, da AIP,  Associação da Imprensa de Pernambuco