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Trump descarta novos anúncios de tarifas enquanto aguarda decisão da Suprema Corte dos EUA

O governo norte-americano formalizou ainda a decisão de suspender por um ano a elevação de tarifas aplicada sobre importações da China

Por Estadão Conteúdo Publicado em 06/11/2025 às 17:22

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (6) que não anunciará novas tarifas enquanto o caso sobre o tema estiver em análise pela Suprema Corte, classificando o processo como "um dos mais importantes da história do país".

"Nenhum novo anúncio de tarifas está a caminho. Não vou anunciar tarifas enquanto o caso da Suprema Corte estiver pendente", declarou Trump, em referência à ação que questiona a legalidade das tarifas impostas sob a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA, na sigla em inglês).

O presidente dos EUA reiterou que as tarifas "são um caso de segurança nacional para os Estados Unidos" e defendeu que as medidas foram necessárias para proteger a economia e a base industrial do país.

Trump reconheceu, contudo, que o governo trabalha com planos alternativos caso o resultado na Suprema Corte não seja favorável. "Precisaremos de um plano de jogo número dois se o caso não correr bem. Podemos fazer outras coisas, mas são mais lentas em comparação", afirmou.

CASO DA CHINA

O governo dos Estados Unidos formalizou, por meio da assinatura de uma ordem executiva, a decisão de suspender por um ano a elevação de tarifas aplicada sobre importações da China, no âmbito do acordo econômico firmado entre os dois países após encontro entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, na Coreia do Sul. O documento, que deverá ser publicado nesta sexta-feira, no Federal Register (o diário oficial dos EUA), aponta que o país manterá a suspensão das tarifas recíprocas até 10 de novembro de 2026. A elevação da tarifa estava prevista para entrar em vigor em 10 de novembro de 2025.

O texto destaca que a decisão vem em linha com os compromissos assumidos por Pequim nas semanas anteriores.

A Casa Branca avalia que o pacto "ajudará a corrigir práticas comerciais não recíprocas e a reduzir o déficit comercial dos EUA".

Segundo o decreto de Trump, o governo norte-americano destaca que a China se comprometeu a adiar e eliminar "controles coercitivos de exportação" sobre terras raras e outros minerais críticos, além de suspender tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA até 31 de dezembro de 2026.

Em contrapartida, Washington decidiu "continuar a suspensão das tarifas recíprocas elevadas" impostas em 2025.

Trump voltou a salientar que o acordo é "histórico e monumental" e que as medidas contribuirão para "fortalecer a base industrial e de defesa dos Estados Unidos", bem como garantir acesso a insumos estratégicos para energia e segurança nacional.

 

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