Estados Unidos enviam o maior Porta-Aviões do mundo para o Mar do Caribe
Secretário de Guerra, Pete Hegseth, ordenou deslocamento do grupo de ataque USS Gerald Ford. A imprensa americana fala em "escalada expressiva"
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O Secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, ordenou, nesta sexta-feira (24), o envio de um grupo de ataque naval, liderado pelo maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford, para o Mar do Caribe, em uma medida que aumenta drasticamente a tensão na região em meio ao acirramento das relações com a Venezuela.
O Pentágono confirmou o deslocamento do Grupo de Ataque USS Gerald Ford para a área de responsabilidade do Comando Sul (US SOUTHCOM), na América Latina. O grupo é composto por embarcações e aeronaves de alta capacidade, somando-se à já expressiva presença militar americana no Caribe.
O grupo de ataque é encabeçado pelo porta-aviões nuclear USS Gerald Ford, o mais moderno e tecnologicamente avançado dos EUA, incluído no arsenal americano em 2017 e com capacidade para abrigar até 90 caças e helicópteros. A força-tarefa inclui, ainda, três destróieres — o USS Mahan, o USS Bainbridge e o USS Winston Churchill —, além de três esquadrões de caças F-18 e dois esquadrões de helicópteros de ataque MH-60, além de veículos de monitoramento e suporte.
"ESCALADA"
A decisão repercutiu na imprensa americana, sendo classificada como uma "escalada expressiva" e uma "grande expansão" da campanha militar de pressão contra o governo de Nicolás Maduro. A agência de notícias Reuters chamou a ação de um "drástico aumento" no número de tropas e aeronaves dos EUA na América Latina.
O porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, justificou a medida afirmando que a presença reforçada das forças americanas visa aumentar a capacidade dos EUA de "detectar, monitorar e interromper atores e atividades ilícitas que comprometem a segurança e a prosperidade do território norte-americano e nossa segurança no Hemisfério Ocidental."
Apesar do anúncio, o porta-aviões USS Gerald Ford foi visto pela última vez na costa da Croácia na terça-feira (21), o que indica que a chegada ao Mar do Caribe pode levar alguns dias. A embarcação vinha realizando exercícios militares recentes, estando no Estreito de Gibraltar no dia 1º e na costa da Noruega no final de setembro.