'Brasil não tem problema com Israel, tem com Netanyahu', diz Lula ao comentar cessar-fogo
"A hora que Netanyahu não for mais governo, não haverá nenhum problema entre o Brasil e Israel", garantiu Lula em referência ao premier
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (13) que o Brasil tem problema com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e não com o país do Oriente Médio.
"O Brasil não tem problema com Israel, o Brasil tem problema é com Netanyahu. A hora que Netanyahu não for mais governo, não haverá nenhum problema entre o Brasil e Israel, que sempre tiveram uma relação muito boa”, disse Lula em entrevista coletiva em Roma (Itália), ao ser questionado sobre o acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que foi mediado pelos Estados Unidos.
"Eu não sei se é definitivo ou não, mas eu estou feliz porque é um começo muito promissor. O fato do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, ter ido ao parlamento em Israel, ter falado é muito importante. Eu espero que aqueles que ajudaram Israel na sua posição de virulência agora ajudem a ter uma paz definitiva" declarou o presidente brasileiro.
REPERCUSSÃO INTERNACIONAL
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, afirmou nesta segunda-feira que "hoje (ontem) é um ótimo dia para a paz", fazendo referência ao cessar-fogo em Gaza e a liberação de todos os reféns israelenses pelo Hamas. Em coletiva juntamente com o primeiro-ministro da Eslovênia, Rutte ainda reafirmou o apoio da Otan à Ucrânia e pediu união dos países-membros para se defender contra os "ataques sistemáticos da Rússia".
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a liberação dos reféns israelenses é um momento de alegria para as famílias e "de alívio para o mundo inteiro".
"Isso significa que uma página pode ser virada. Um novo capítulo pode começar", disse ela em uma declaração.
Segundo von der Leyen, a Europa apoia plenamente o plano de paz mediado pelos Estados Unidos, Catar, Egito e Turquia, e a UE está pronta para contribuir para o seu sucesso com todas as ferramentas à disposição.
"Em particular, fornecendo apoio à governança e à reforma da Autoridade Palestina. Seremos uma força ativa dentro do Grupo de Doadores Palestinos e forneceremos financiamento da UE para a reconstrução de Gaza", acrescentou.