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EUA entram na guerra contra o Irã e atacam bases nucleares iranianas

Uma autoridade dos EUA disse ao jornal New York Times, sob anonimato, que vários bombardeiros B-2 realizaram os ataques contra as instalações

Por JC Publicado em 21/06/2025 às 21:23 | Atualizado em 21/06/2025 às 21:27

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste sábado (21) que o país atacou três instalações nucleares do Irã. Trump garantiu que a carga de bombas foi lançada em Fordow, considerado  o principal alvo dos EUA, e que as aeronaves americanas estão fora do espaço aéreo iraniano, retornando em segurança ao espaço norte-americano.

"Concluímos com muito sucesso nosso ataque aos três locais nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan", afirmou em sua rede Truth Social.

"Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. Agora é a hora de paz! Agradecemos a sua atenção a este assunto", complementou.

Uma autoridade dos EUA disse ao jornal The New York Times, sob condição de anonimato, que vários bombardeiros B-2 realizaram os ataques contra as três instalações nucleares. Os bombardeiros podem transportar as bombas de 13.600 kg, capazes de destruir bunkers. Não ficou claro se outros bombardeiros foram usados no ataque. 

Os três locais que o presidente Trump disse terem sido atingidos incluíam os dois principais centros de enriquecimento de urânio do Irã - a instalação subterrânea de Fordow e a usina de enriquecimento maior em Natanz, que Israel atacou há alguns dias com armas menores.

O terceiro local, perto da cidade antiga de Isfahan, é onde se acredita que o Irã guarda seu urânio enriquecido próximo ao grau de bomba, que os inspetores viram há apenas duas semanas. Se essas áreas fossem destruídas, o programa iraniano sofreria um atraso de anos, a menos que ainda não tenha instalações paralelas detectadas.

NOVOS ATAQUES DE ISRAEL

Israel mirou a cadeia de produção de mísseis do Irã no nono dia da operação Rising Lion, disse o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Effie Defrin. Os ataques usaram aproximadamente 60 jatos. Para isso, Israel empregou milhares de drones para escanear os locais antes da ofensiva. "As capacidades de lançamento de mísseis do regime iraniano são apenas uma fração do que eram no início da operação", afirmou Defrin.

A operação alvejou sistemas de radar e baterias de defesa aérea, seguindo a estratégia de dominar o espaço aéreo do Irã. Com isso Israel também teria conseguido atacar centros de comando de mísseis, infraestrutura de drones, instalações de armazenamento militar e túneis de lançamento para foguetes e mísseis.

O porta-voz relatou ainda que a Força Aérea tem atacado a cadeia de comando de drones, tendo supostamente destruído 950 drones explosivos iranianos antes de serem lançados. A Marinha de Israel atacou uma estrutura militar do Hezbollah, eliminando um terrorista e atingindo lançadores de mísseis.

Mesmo com as vitórias relatadas, Defrin afirmou que a campanha não acabou: "O inimigo ainda possui capacidades e intenções".

Ataques a Israel

Na manhã deste sábado, segundo a IDF, alertas foram acionados devido à infiltração de drones lançados pelo Irã, mas não houve feridos. Na última semana, mais de mil drones foram lançados do Irã em direção a Israel. A maioria teria sido interceptada nas fronteiras.

Líderes apontam ligação do Irã com Hamas e Hezbollah

As operações eliminaram Saeed Izadi, comandante do Corpo da Palestina na Força Quds e coordenador entre o regime iraniano e o Hamas. A IDF afirma que, desde o início da guerra, Izadi teria tentado transferir milhões de dólares em armas para o Hamas, tentativa frustrada pela inteligência israelense.

O porta-voz informou que, no hospital em Gaza onde o mentor dos ataques de 7 de outubro, Mohammad Sinwar, foi eliminado, foram encontradas correspondências entre Sinwar e Izadi, o que, para a IDF, comprova a ligação entre a Guarda Revolucionária do Irã e o Hamas. "Cortamos essa conexão e interrompemos a transferência de armas", disse Defrin.

Outra eliminação destacada por Israel foi a de Behnam Shahriyari apontado como responsável pela transferência de armas do regime iraniano para o Hezbollah.

*Com agências

 
 
 

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