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STEAM Fair: metodologia da Eleva Recife onde o aluno é protagonista

Voltada para resolução e problemas e prototipação de projetos, metodologia é aplicada ao longo dos meses para a STEAM Fair, na Escola Eleva

Por Samantha Oliveira Publicado em 12/09/2025 às 7:20

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Crianças são pesquisadoras espontâneas por natureza. No bairro da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, a Escola Eleva leva essa premissa como máxima ao proporcionar o protagonismo do aluno durante toda a sua trajetória de aprendizado e ao longo da sua vida para além da escola.

A aplicação da metodologia STEAM dentro e fora das salas de aula culmina na chamada STEAM Fair, feira que reúne os conhecimentos teóricos e práticos dos estudantes, que apresentam soluções inteligentes para problemas reais. Trata-se de um método interdisciplinar que integra ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática ao longo do ano letivo.

Na prática, o aluno desenvolve pensamento crítico, capacidade de resolução de problemas e diversas soft skills que o acompanharão ao longo de toda a vida, incluindo no mercado de trabalho. Desde a inauguração da sede no Recife, em 2022, a Escola Eleva recebeu o selo Make a Fair, instituição internacional que certifica, anualmente, a produção do evento STEAM Fair.

Neste ano, o tema central da STEAM Fair é Corpo e Movimento: Ciência e Tecnologia a Serviço da Vida, que surgiu a partir de uma escuta ativa da área pedagógica do Eleva com os alunos.

"Nós somos uma escola viva e nos inspiramos nisso. Quando pensamos em ciência e tecnologia, questionamos: o que eu posso aproveitar da ciência e utilizar o melhor da tecnologia para mostrar um resultado?", justifica Fátima Takata, professora de Ciências e Biologia da Escola Eleva.

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Fátima Takata, professora de Ciências e Biologia e coordenadora da STEAM Fair, ao lado da aluna Fernanda Jucá - Jailton Jr/JC Imagem

"Ouvimos muito a questão dos alunos, a necessidade, o que está acontecendo no mundo, como nós podemos integrar conhecimento teórico da sala de aula com a vivência deles. Então, quando pensamos em movimento, pensamos de uma forma geral, não apenas do físico, mas de uma forma mais ampla", complementa Takata. 

STEAM Fair: aprendizados o ano inteiro 

O desenvolvimento de habilidades a partir do método STEAM acompanha os alunos do Eleva ao longo de todo ano letivo, onde a teoria se une à prática e, no segundo semestre, resultam nos projetos apresentados na Fair. Pelos corredores, é possível perceber o estímulo contínuo aos estudantes, que contam com toda uma estrutura que incentiva ainda mais produção: desde laboratórios de ciência, à sala Maker - onde tecnologia e criatividade se unem no aprendizado.

"O dia a dia da escola é de mão na massa, onde o aluno constrói o conhecimento, de poder ter uma leitura de mundo", aponta Cristiano dos Santos, Coordenador do Fundamental 2 e professor de matemática. "Usam então a ciência, a tecnologia como ferramenta, a arte como potencial criativo, o socioemocional durante o trabalho em grupo, a resiliência diante dos erros e a ressignificação da aprendizagem. E, quando chega na feira, eles apresentam a pesquisa aprofundada e os protótipos".

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Cristiano Silva Dos Santos, Coordenador do Fundamental 2 e professor de matemática, e Fátima Takata, professora de Ciências e Biologia e coordenadora do STEAM Fair - Jailton Jr/JC Imagem

Além disso, a STEAM Fair também conta com uma premiação para reconhecer o trabalho e empenho dos alunos em seus respectivos projetos. São eles: Inovação, Relevância Social e Atitude Empreendedora. Neste ano, o evento acontece no dia 18 de outubro, na sede da escola. 

Para além dos muros da escola 

Atualmente, a Escola Eleva possui mais de 850 estudantes em um ensino bilíngue e humanizado. Entre eles, está Fernanda Mariano Jucá, de 13 anos, que participará da STEAM Fair com um projeto que envolve fisioterapia e tecnologia na prototipação. Sem esconder a empolgação, a jovem do 7º ano destaca o desenvolvimento socioemocional diante do trabalho em grupo, o pensamento crítico para resolução de problemas e a resiliência mediante os erros e acertos do processo.

"Eu gosto muito da feira porque é a oportunidade que nós temos de mostrar nos preparamos o ano inteiro e as formas diferentes que conseguimos resolver um problema", afirma. "Vemos as coisas de uma forma muito mais ampla, uma forma diferente de resolver os problemas, não só dentro da caixa".

Os conhecimentos adquiridos se expandem para além do dia a dia na sede da Eleva, como destaca a mãe de Fernanda, Maria Odete Mariano. "Ela [Fernanda] era uma criança tímida, que era o que me preocupava. Hoje, eu vejo que a escola puxa muito isso, do trabalho em grupo, de você ter momentos de protagonismo, ter momentos de não protagonismo. Então isso é muito bem trabalhado entre eles, todos buscando fazer o melhor trabalho, mas de uma forma muito saudável, e valorizando as outras áreas da vida:, os relacionamentos, o esporte", cita. 

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Maria Odete, mãe da aluna Fernanda, do Eleva, destaca o desenvolvimento da filha com a metodologia STEAM - Jailton Jr/JC Imagem

Na Eleva, os professores não atuam apenas como transmissores de conhecimento, mas sim orientadores desse percurso, que caminham ao lado dos alunos para que eles continuem curiosos e, assim, pesquisadores.

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