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Dólar sobe a R$ 5,36 com pressão de remessas ao exterior; Ibovespa recua

Moeda americana fechou a R$ 5,359 nesta segunda (1º). Mercado repercute remessas de lucros ao exterior e sinalização de juros no Japão.

Por JC Publicado em 01/12/2025 às 21:21

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*Com informações do Estadão Conteúdo

O mercado financeiro iniciou o mês de dezembro com a valorização da moeda americana. Nesta segunda-feira (1º), o dólar comercial fechou em alta de 0,46%, cotado a R$ 5,3593, após oscilar e atingir a máxima de R$ 5,3613 durante a tarde.

Operadores atribuíram o movimento a um aumento da procura pela moeda no mercado local para o envio de recursos ao exterior, como pagamento de lucros e dividendos — uma movimentação típica de final de ano.

Segundo Marcos Weigt, diretor da Tesouraria do Travelex Bank, passada a rolagem de contratos futuros, o mercado sente a pressão da demanda por dólar à vista. "Essa pressão deve durar o mês todo, mas não vejo uma alta muito grande do dólar", avaliou, citando a possibilidade de intervenção do Banco Central.

Mais cedo, em evento da XP, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, defendeu o regime de câmbio flutuante e reforçou que a autarquia só atua no mercado em casos de "disfuncionalidade". Ele também pregou uma postura "humilde e conservadora" na condução dos juros.

Bolsa e cenário externo

O Ibovespa, principal índice da B3, fechou o dia em baixa de 0,29%, aos 158.611,01 pontos. O desempenho negativo foi puxado principalmente pelo setor financeiro (bancos), que tem grande peso na carteira.

A queda da Bolsa só não foi maior devido ao desempenho positivo das commodities. As ações da Vale (ON +0,77%) e da Petrobras (ON +0,63%) subiram, acompanhando a valorização do minério de ferro na China e do petróleo no mercado internacional.

No cenário externo, o destaque foi a aversão ao risco gerada pela sinalização do Banco do Japão (BoJ) de que pode aumentar os juros ainda em dezembro. A medida impactou moedas de países emergentes, incluindo o real. Nos Estados Unidos, o índice de atividade industrial (PMI) caiu para 48,2 em novembro, abaixo do esperado.

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