Saldo líquido é positivo em 148.992 empregos em maio no País, revela Caged
O saldo do Caged é positivo em 1.051.244 postos formais no acumulado de janeiro a maio deste ano. Valor foi 4,9% menor ao do mesmo período de 2024

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra criação líquida de 148.992 postos formais de trabalho em maio, após um saldo positivo de 237.377 em abril (com ajustes), segundo dados divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
No mês passado, houve 2.256.225 admissões e 2.107.233 demissões. O resultado ficou abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava criação líquida de 171,8 mil vagas com carteira assinada no Caged de maio, desacelerando o ritmo na comparação com abril. As estimativas para esta leitura variavam de 74.207 a 200.000 vagas formais.
O saldo do Caged é positivo em 1.051.244 postos formais no acumulado de janeiro a maio deste ano. Este valor foi 4,9% menor ao verificado no mesmo período de 2024 (1.105.385).
No acumulado dos últimos 12 meses (junho de 2024 a maio de 2025) o saldo é de 1.628.644 vagas, pouco menor que o saldo observado no período de junho de 2023 a maio de 2024 (1.684.388).
EMPREGO PARA OS JOVENS
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, rechaçou declarações de que os jovens brasileiros não querem mais trabalhar em regime CLT e querem apenas empreender. As declarações do ministro foram dadas em coletiva de imprensa para comentar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de maio.
Marinho detalhou que, dos 148.992 novos empregos formais, 98.003 é ocupado por jovens. "Números de maio nos trazem a seguinte revelação: dos 148.992 postos de trabalho, na verdade, nós temos a esmagadora maioria de jovens Nós temos nesses números 98.003 jovens de 18 a 24 anos, que pode se somar ainda no aprendiz, abaixo de 18 anos mais 26.312 vagas", disse. "Então, derruba por terra essa certeza de muita gente que diz: 'Os trabalhadores jovens não estão aceitando ir para o mercado formal de trabalho'."
E completou: "O que os jovens não desejam - não somente os jovens, cada um de nós também não desejamos - é ter um chefe chato 8 horas no seu ouvido e ganhando pouco."
Ele disse ainda que tem chamado a atenção, em especial dos sindicatos, que a base da pirâmide salarial é muito baixa. "Aqui também carece de um debate profundo sobre os pisos salariais nas empresas, nos segmentos, no comércio, serviços, enfim. Na minha opinião, é disso que se trata", afirmou.
CAGED EM PERNAMBUCO
Pernambuco teve mais um mês de destaque na geração de empregos em 2025, com 9.754 novos postos de trabalho com carteira assinada registrados em maio. Os dados mostram crescimento de 106,48% no número de vagas criadas no Estado, na comparação com o mesmo período do ano passado (4.742). Com este resultado, o Estado conquistou a segunda posição entre os maiores geradores de emprego do Nordeste, atrás apenas da Bahia (12.858). No Brasil, Pernambuco foi o quinto maior gerador de empregos, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.
O principal motor do crescimento em maio foi o setor de Serviços, que abriu 5.386 novas vagas, com destaque para as atividades de "Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas". A Indústria também apresentou um desempenho robusto, com a criação de 2.026 postos de trabalho, impulsionada principalmente pela indústria de transformação, em especial o segmento de fabricação de produtos alimentícios. Os demais setores também registraram saldo positivo, contribuindo para o resultado expressivo do estado: Agropecuária (+872), Construção (+865) e Comércio (+604 vagas).
A cidade do Recife registrou o melhor saldo positivo de empregos formais entre as capitais do Nordeste no mês de maio passado, com 4.121 vínculos com carteira assinada. Esse também foi o melhor resultado para o período desde o início da série histórica, em 2020. Desde janeiro, já são 15.201 postos de trabalho formais criados em 2025. Comparativamente, isso representa 76% do total criado em todo o estado de Pernambuco nos cinco primeiros meses do ano.
O resultado do Recife no mês passado foi fruto de 21.333 contratações frente a 17.212 desligamentos. Com esse desempenho, o estoque ativo de empregos formais subiu para 575.820. A performance em maio representa um crescimento de 0,72%, percentual superior ao alcançado pelo estado de Pernambuco no mesmo período, que foi de 0,64%.
Analisando o resultado do Recife a partir dos segmentos econômicos, o saldo positivo no mês de maio foi puxado pelo setor de Serviços, que registrou saldo positivo de 3.599 empregos formais e 0,94% de crescimento, seguido por: Construção Civil, com +363 (0,92%); Comércio, +113 (0,10%); e Indústria, +50 (0,13%). O grupo de Agropecuária foi o único com saldo negativo, com -4 postos de trabalho.
*Com Estadão Conteúdo