ENTREVISTA | Notícia

Armando Monteiro Bisneto quer ampliar articulações empresariais junto ao Porto de Suape

Presidente do complexo portuário reforça articulação em Brasília, celebra ritmo acelerado de obras e destaca importância da Transnordestina

Por JC Publicado em 15/05/2025 às 11:09

À frente da presidência do Complexo Industrial Portuário de Suape desde o mês de abril, Armando Monteiro Bisneto encara o desafio de ampliar a competitividade do principal porto do Nordeste, fortalecendo sua articulação política e acelerando obras estratégicas.

Em entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, ele detalhou as prioridades da gestão, como a conclusão do molhe de proteção, a chegada do terminal da APM Terminals e os esforços para garantir a inclusão de Suape no projeto da Ferrovia Transnordestina.

Armando afirmou ter consciência do desafio de liderar um dos principais complexos portuários do Brasil, e disse que sua gestão tem o foco na ampliação das articulações políticas e empresariais. “Já buscamos, inclusive de acordo com a orientação da governadora Raquel, articular mais Suape junto a Brasília, buscar novos investimentos, tanto públicos quanto privados”, completou.

Durante visita a Brasília, o presidente de Suape cobrou da empresa Infra, responsável pela Transnordestina, a entrega do plano executivo para os 8 km internos do porto. “Eles ficaram de nos entregar isso entre junho e julho. Foi uma reunião muito positiva com o presidente da Infra”, relatou.

Além disso, Monteiro Bisneto celebrou o avanço nas obras do molhe de proteção. “Suape já executou mais de 17% da obra, quando se esperava apenas 10%. Houve a antecipação dos recursos e, inclusive, um aumento do repasse. Essas obras vão correr num ritmo adiantado. Esperamos que na próxima semana já possamos fazer o chamamento da draga”, disse.

Outro projeto de destaque é o novo terminal da APM Terminals, subsidiária da Maersk. “É um investimento de 1.6 bilhões de reais, será o terminal mais automatizado do Brasil e da América Latina. Isso vai elevar a competitividade de Suape, estimular a competição entre os terminais e atrair novas linhas e investimentos”, explicou.

Transnordestina: um projeto essencial para Suape

Durante a entrevista, Monteiro Bisneto criticou a decisão de iniciar a Transnordestina pelo Piauí e não pelos portos. “Com todo respeito, ela iniciou no Piauí, numa área em que seriam captados grãos e minérios, para chegar aos portos. Eu acho que a ferrovia devia ter sido iniciada nos portos para chegar até lá. Isso é uma coisa interessante só para a gente pensar.”

Apesar disso, ele reforçou que o trecho de Salgueiro até Suape será retomado. “E há um outro trecho que já obteve todas as licenças e está retomado. Pretendemos iniciar conversas para que seja iniciada a parte interna de Suape, que tem apenas 8 km, mas é fundamental”, frisou.

Monteiro Bisneto destacou ainda o potencial da ferrovia para viabilizar novos empreendimentos. “Ela pode viabilizar um terminal de minérios, uma siderúrgica, trazer frutas, gipsita do Araripe, grãos do Matopiba. Temos estudos que provam que Suape pode ser competitivo, mesmo com ramal rodoviário”, completou.

Infraestrutura viária: solução para gargalos

Outro desafio apontado foi a infraestrutura viária no entorno do porto. “Uma reclamação recorrente que eu tenho escutado do empresariado é o gargalo ali próximo à Vitarella”, disse.

Segundo ele, essa obra já tem o projeto executivo em fase final e deve ser iniciada em breve. “Acredito que muito em breve a gente já vai ter um alívio grande ali. É um lugar que muitas vezes a gente perde de 10 até 20 minutos só naquele gargalo”, afirmou.

Além dessa intervenção, Monteiro Bisneto mencionou o projeto do Arco Metropolitano. “É uma obra mais complexa, mas que há muito empenho da governadora Raquel Lyra junto ao Governo Federal e com recursos próprios. Vai propiciar que veículos pesados possam sair de dentro da nossa área urbana”, explicou.


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