William Bonner deixa o JN e parte para novo desafio
O evento, já antecipado e amplamente noticiado, reforça a relevância de Bonner, que se tornou o rosto e a voz do noticiário mais importante do País
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O telejornalismo brasileiro presenciou na noite desta sexta-feira (31) o encerramento de um ciclo de quase três décadas. William Bonner disse seu último "boa noite" como âncora e editor-chefe do Jornal Nacional, em uma edição carregada de emoção e simbolismo.
Em um momento de passagem de bastão, Bonner e sua parceira de bancada, Renata Vasconcellos, receberam César Tralli, que assume o posto a partir da próxima segunda-feira (3). A presença do trio na bancada marcou o adeus do jornalista, que se prepara para uma nova fase profissional, apresentando o Globo Repórter.
“A minha expectativa é de poder dar o meu melhor, continuar dando o meu melhor. Entregar de corpo e alma. Participar ativamente dessa equipe maravilhosa do JN. Dividir, compartilhar com a Renata. Aprender com você, Renata. Aprender com essa equipe. Eu tenho a consciência de toda a responsabilidade que o Jornal Nacional representa neste momento da minha vida. Eu tenho absoluta convicção de que eu vou me dedicar ao máximo para honrar o fato de estar do seu lado, no lugar do Bonner”, disse Tralli.
O clima de despedida se estendeu além do estúdio. Conforme noticiado, a produção e os bastidores do JN foram tomados pelo carinho de familiares e amigos, que prestaram homenagens a Bonner. O evento, já antecipado e amplamente noticiado, reforça a relevância de Bonner, que se tornou o rosto e a voz do noticiário mais importante do país, moldando a forma de fazer jornalismo na TV por gerações.
HISTÓRIA
William Bonemer Júnior, ou simplesmente William Bonner, formou-se em Comunicação Social com foco em Publicidade e Propaganda pela USP. Sua carreira no jornalismo começou na Rádio USP FM em 1984 e teve uma breve passagem pela TV Bandeirantes em 1985.
Em 1986, Bonner chegou à TV Globo, onde consolidou sua trajetória, passando por telejornais importantes, como o SPTV (1986); Fantástico (até 1990); Jornal da Globo (1989 a 1993) e Jornal Hoje (1993 a 1996)
Em abril de 1996, Bonner assumiu a bancada do Jornal Nacional, tornando-se o apresentador mais longevo da história do noticiário. Em 1999, ele também assumiu a chefia de redação, tornando-se editor-chefe. Essa dupla função o estabeleceu como uma figura central e influente no jornalismo brasileiro.
Durante sua permanência no JN, Bonner foi responsável por uma significativa virada editorial, implementando um formato mais popular e uma apresentação das notícias mais impactante, ao mesmo tempo em que consolidou uma imagem de seriedade e confiança com o público. Ele se tornou uma figura de referência, colecionando momentos marcantes, desde a cobertura de grandes eventos históricos até interações virais nas redes sociais que lhe renderam o carinhoso apelido de "Tio".
Com a sua saída, Bonner deixa um legado de quase três décadas no comando do telejornal de maior audiência do país, marcando o fim de uma era na televisão brasileira.