Conhecido como 'Tenor Sertanejo', pernambucano almeja carreira na música erudita e no pop romântico
Igor Alves cantou em programas da televisão aberta como Raul Gil e Ratinho, e traça sua carreira na música

Do coral da igreja aos programas nacionais de TV, o talento singular do pernambucano Igor Alves, 23 anos, tem levado muita emoção ao público e quebrado barreiras. O jovem cantor é conhecido como ‘Tenor Sertanejo’, devido ao seu timbre de voz classificado como ‘tenor’, o pioneiro do Sertão do Pajeú com a classificação. Agora de volta a Pernambuco, após cantar em programas da televisão aberta como Raul Gil e Ratinho, do SBT, Igor traça sua carreira na música erudita e no pop romântico. Em entrevista ao JC, o cantor relata sua trajetória e busca por seu espaço na cena musical local.
A música faz parte da vida de Igor Alves desde que ele era uma criança, aos 6 anos: “Já nasci cantando”, afirma. Aos 14, o jovem ingressou no coral da igreja católica, em sua cidade natal, Triunfo, no Sertão de Pernambuco, onde se tornou tenor. “Minha família sempre me apoiou desde o início, o meu pai foi meu maior incentivador, desde criança ele colocava discos de Vicente Celestino e Agnaldo Timóteo. Foi o incentivo maior para que hoje eu seja um cantor que está crescendo”, afirma o Tenor Sertanejo.
Tenor Sertanejo
Dentro do canto lírico, há classificações para as vozes femininas e masculinas, sendo elas: tenor, barítono e baixo (masculinas); soprano, mezzo e contralto (femininas). O tenor é a voz mais aguda e, geralmente, interpreta papéis românticos na ópera.
Igor Alves utiliza os apelidos de ‘Tenor Sertanejo’ e ‘Príncipe Negro’ com muito orgulho, contudo, eles surgiram em um episódio de xenofobia e racismo, sofrido quando ele tinha 17 anos. “Os nomes surgiram por conta de uma atitude racista que sofri no início da carreira. A ópera e música lírica estão ligados muito à elite, então eu sofri preconceito por ser do interior do Sertão e negro… Uma pessoa disse que eu não poderia ser Tenor, porque não existia um príncipe negro”, relata.
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O pernambucano voltou ao Estado, desta vez para Recife, capital, onde estuda canto no Conservatório Pernambucano de Música. Por causa da pandemia, muitos dos planos do Tenor Sertanejo foram frustrados. No momento, o jovem se apresenta em eventos, lives e também canta músicas religiosas e românticas em carro aberto nas cidades do interior de Pernambuco.
“A música representa a minha vida. Eu sou uma pessoa feliz desde que nasci, pois desde que nasci eu canto... com a minha música eu espero que as pessoas possam conhecer não só o Tenor Igor Alves, mas que elas desfrutem de emoção, paz e esperança. Quero levar dias melhores através do dom que me foi ofertado dos céus”, afirma.