LUTO | Notícia

Morre Cícero Sandroni, imortal da ABL, jornalista, escritor e editor

Ele deixa a viúva, Laura Constância de Athayde Sandroni, além de cinco filhos - Carlos, Clara, Eduardo, Luciana e Paula, e um neto, chamado Pedro

Por Estadão Conteúdo Publicado em 17/06/2025 às 21:19

Morreu na manhã de terça-feira (17) Cícero Sandroni, aos 90 anos. Jornalista e escritor, ele morreu em casa, de choque séptico causado por infecção urinária. A informação foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras (ABL). O velório ocorre na própria Academia, nesta quarta, 18 de junho, a partir das 10h, no Palácio Petit Trianon, no Rio de Janeiro, sede da instituição.

Conhecido por seus trabalhos na área jornalística e por ter presidido a ABL entre 2007 e 2009, ele é autor de obras como O Diabo Só Chega ao Meio-Dia e O Século de um Liberal, escrita em conjunto com a mulher, Laura Athayde.

Ele deixa a viúva, Laura Constância de Athayde Sandroni, além de cinco filhos - Carlos, Clara, Eduardo, Luciana e Paula, e um neto, Pedro.

TRAJETÓRIA

Nascido na cidade de São Paulo, em 26 de fevereiro de 1935, o escritor e jornalista mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde se formou em Jornalismo pela PUC. Iniciou a carreira profissional em 1954, na Tribuna da Imprensa, transferindo-se, em seguida, para o Correio da Manhã. Ao longo de sua vida profissional passou também pelo Jornal do Brasil e O Globo, no qual se destacou na área de política exterior.

Alguns anos depois, em abril de 1960, integrou parte da equipe que cobriu a inauguração de Brasília. E, convidado pelo prefeito da nova capital, Paulo de Tarso Santos, esteve à frente da Secretaria de Imprensa da Prefeitura do DF.

Durante o regime militar, Sandroni trabalhou na Tribuna da Imprensa comandada por Hélio Fernandes, e depois na revista O Cruzeiro. Também fundou, com Odylo Costa Filho, Álvaro Pacheco e o diplomata Pedro Penner da Cunha, uma empresa gráfica de onde saiu a revista de contos Ficção. Após a ditadura, participou em São Paulo da comunicação do governo Franco Montoro

Cícero também fundou a Edinova, com Pedro Penner - tratava-se de uma editora pioneira na literatura latino-americana e no universo do nouveau roman francês. Participou das revistas Fatos e Fotos, Manchete e Tendência, como editor, além de fazer resenhas literárias para O Globo.

Outra de suas iniciativas foi organizar, em 1976, o Manifesto dos Mil, "documento dos intelectuais que acabou com a censura, ao lado Nélida Piñon, Lygia Fagundes Telles e Hélio Silva, entre outros", explica a ABL, em nota.

 

Compartilhe

Tags