CAIS DO SERTÃO | Notícia

Exposição imersiva leva público a uma vivência sensorial da cultura indígena no Recife

Mostra gratuita no Cais do Sertão utiliza realidade virtual, hologramas e arte Fulni-ô para e estará aberta até o fim de junho

Por Maria Letícia Menezes Publicado em 23/05/2025 às 13:18

O Museu Cais do Sertão, na área central do Recife, será palco da exposição “Toré Virtual: imersão no canto e dança de origem ancestral”, uma experiência sensorial na cultura do povo Fulni-ô.

A mostra une arte, ancestralidade e recursos tecnológicos como realidade virtual, hologramas e videoinstalações para recriar o Toré, um ritual sagrado desse povo indígena. A exposição, que tem entrada gratuita, está aberta na Sala Pajeú do museu

Realidade virtual

Entre os principais destaques da exposição estão dois filmes em realidade virtual 360º, que transportam os visitantes para o território do Ouricuri, espaço sagrado do povo Fulni-ô, durante o ritual do Toré e a festa de Yasákhlane.

A tecnologia permite que o público se sinta presente no ambiente ritual, observando os movimentos, os sons e a atmosfera espiritual da celebração.

Além disso, a mostra traz um holograma inédito que apresenta elementos simbólicos como o instrumento Buzo e outros itens sagrados, permitindo uma visualização tridimensional que reforça a dimensão sensível da experiência.

Videoinstalações e retratos em 3D

A exposição também exibe telões imersivos com retratos tridimensionais de mestres e jovens em movimento ritual, além de paisagens da aldeia.

Esses registros audiovisuais foram produzidos pelo Coletivo Fulni-ô de Cinema e oferecem ao público, segundo a organização, um olhar íntimo sobre o cotidiano e as práticas culturais da comunidade.

Além disso, itens de uso ritualístico e cotidiano, como maracás, xanducas, cachimbos, arcos e flechas feitos pela comunidade, estão expostos, criando uma ponte entre o universo material e espiritual dos Fulni-ô.

Atividades paralelas

Além da imersão visual e sensorial, a programação inclui visitas guiadas com recursos de acessibilidade e rodas de conversa abertas ao público. 

“Mais que uma exposição, ‘Toré Virtual’ é um convite à escuta, ao encantamento e à reconexão com saberes ancestrais do povo Fulni-ô que atravessam o tempo e a matéria. Uma vivência tecnoancestral que nos lembra que o futuro também é território da tradição”, destacam os curadores Hugo Fulni-ô, Carol Berger e Rose Lima.

A mostra permanece aberta ao público até o final de junho, com acesso gratuito durante o horário de funcionamento do museu, que fica localizado no Bairro do Recife.

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