Kanye West: Veja todos os comentários antissemitas do rapper nas últimas semanas
Kanye West perdeu contratos e foi bloqueado nas redes sociais após começar a dar declarações e fazer comentários de cunho antissemita

O rapper Kanye West tem dado um rumo perigoso para sua carreira nas últimas semanas. Quase todos os acontecimentos ocorreram em outubro, quando ele começou a dar declarações e fazer comentários de cunho antissemita.
Ye teve contratos cancelados pela Adidas, Balenciaga, Vogue, CAA e banco JP Morgan. Perdeu streams e vendas, foi restrito no Instagram, Twitter, teve shows cancelados e um documentário arquivado.
A atual fase caótica começou em 3 de outubro, quando modelos da sua grife, Yeezy West, usaram camisetas com estampas "White Lives Matter". A frase é um contraponto ao movimento antirracista "Black Lives Matter", sendo associado a um grupo neonazista com o mesmo nome.
A frase rendeu críticas na indústria da moda e da música, a exemplo do posicionamento crítico do rapper Diddy.
Os comentários antissemitas de Kanye West nas redes sociais
Ao se defender no Instagram, Kanye West publicou uma sequência de prints de uma conversa Diddy. Nas mensagens, ele afirma que o colega de profissão era "controlado por judeus".
A publicação foi removida do Instagram e sua conta está bloqueada. West, então, partiu para o Twitter para questionar a atitude de Mark Zuckerberg, dono do grupo Meta, que controla o Instagram.
Em seguida, West fez publicações no Twitter dando a entender que atacaria os judeus. Mais especificamente, ele escreveu "death con 3 com o povo judeu”.
Ao escrever "death con 3" em seu tweet, ele estava aparentemente se referindo ao termo militar "defcon". Existem cinco níveis que indicam a intensidade de uma ameaça à segurança nacional, sendo 5 o mais baixo e 1 o mais alto
O tweet, portanto, sugere que ele estava se preparando para algum tipo de ameaça ao povo judeu ou que ele próprio iria infligir algum tipo de violência a eles. Por conta disso, ele também foi bloqueado do Twitter.
Comentários antissemitas de Kanye West durante entrevistas


Em outubro, o ex-funcionário do TMZ Van Lathan revelou em um podcast que Kanye West teria dito em entrevista de 2018 que "amava" Hitler o nazismo, o que foi cortado pelo portal na época.
No mesmo mês, a Vice vazou imagens de uma entrevista de West que não foi ao ar, incluindo trechos em que ele diz falsamente que a Planned Parenthood (Federação de Paternidade Planejada da América) foi fundada para "controlar a população judia".
Em 12 de outubro, o talk show "The Shop" diz que não exibirá uma entrevista com West porque ele usou a plataforma para "reiterar mais discurso de ódio e estereótipos extremamente perigosos".
Em 17 de outubro, West afirmou no "Drink Champs" falsamente que George Floyd morreu por causa de vício em drogas, e não porque o ex-policial Derek Chauvin se ajoelhou em seu pescoço por nove minutos. A família de Floyd posteriormente diz que planeja processar West pelos comentários.
Em uma entrevista com Chris Cuomo, West ainda falou sobre a "máfia da mídia underground judaica" e diz que seus comentários "death con 3" se referem a quando "músicos negros assinaram com gravadoras judaicas e essas gravadoras judias assumem a propriedade", uma forma da "escravidão moderna".
A Liga Antidifamação chegou a afirmar que seus comentários usam "mitos antissemitas antigos sobre a ganância e o poder judaicos e o controle da indústria do entretenimento", alguns dos mesmo argumentos utilizados pelo antissemitismo na Europa no século 20.