"Descomplicando a endometriose": livro que desmistifica a doença é lançado no Recife
A endometriose afeta entre 10% e 15% da população feminina em idade reprodutiva no Brasil; livro de ginecologista explica sintomas e tratamentos

Clique aqui e escute a matéria
Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que uma em cada dez mulheres no Brasil sofre com sintomas de endometriose. Em âmbito mundial, a Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que cerca de 176 milhões de mulheres sejam afetadas pela doença.
A endometriose caracteriza-se pela presença de tecido semelhante ao endométrio (que reveste a parede interna do útero) fora do útero, em ovários, trompas ou peritônio, causando inflamação crônica, dor pélvica intensa, cólica menstrual intensa e risco elevado de infertilidade.
Lançamento de livro
Nesta quinta-feira (21), na Livraria Leitura do Shopping RioMar Recife, a partir das 19h, será lançado o livro “Descomplicando a endometriose”, de autoria do ginecologista obstetra Jardel Pereira Soares, especialista em videolaparoscopia, cirurgia minimamente invasiva para tratamento da condição.
A obra, publicada pela editora Labrador, explica sintomas, tratamentos e mostra como a endometriose pode ser enfrentada de forma multidisciplinar e humanizada.
Cuidado integral
A endometriose é uma doença complexa e multifacetada, exigindo um manejo cuidadoso e multidisciplinar.
Por isso, o médico ressalta a importância de escolher profissionais qualificados no tratamento da doença, que precisam estar aptos não apenas a aliviar os sintomas, mas a compreender profundamente a fisiopatologia da doença, a anatomia pélvica e as opções terapêuticas disponíveis, sejam farmacológicas, não farmacológicas ou cirúrgicas.
Saiba como assistir aos videocasts do JC
Prejuízos sociais
O impacto da endometriose na vida profissional e acadêmica das mulheres e na qualidade de vida das adolescentes também é tema da obra.
O autor relata como a dor ocasionada pela condição aumenta o absenteísmo (ausência) e presenteísmo (presença com desempenho reduzido) das mulheres nas escolas e no trabalho.
Com relação aos prejuízos ocasionados à qualidade de vida das adolescentes, Soares explica como a doença pode impactar na frequência escolar das pacientes nessa idade, comprometendo seu desenvolvimento pessoal e social.
“Para que o manejo seja eficaz, é necessário envolver não apenas a paciente, mas também sua família, amigos, colegas de trabalho, educadores e empregadores”, afirma o ginecologista.
“Incluir atividade física, dieta, acompanhamento psicológico e psiquiátrico no manejo da doença também é fundamental”, complementa.