Colesterol alto não dá sinais: exames e estilo de vida são fundamentais na prevenção

No Dia Mundial de Prevenção ao Colesterol, cardiologista alerta para riscos silenciosos e explica o que significam os termos dos exames de sangue

Por Maria Clara Trajano Publicado em 07/08/2025 às 12:30

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Você já recebeu um exame com siglas como LDL, HDL ou VLDL e ficou sem entender o que significam? Apesar de ser um termo comum nas conversas sobre saúde, o colesterol ainda é cercado de dúvidas e mitos.

Neste 8 de agosto, Dia Mundial de Combate ao Colesterol, o alerta é claro: colesterol alto é um fator de risco silencioso para doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, e exige atenção, mesmo em pessoas jovens ou com boa forma física.

“O colesterol é uma gordura natural do corpo, fundamental para a produção de hormônios e para a estrutura das células. Ele só se torna um problema quando está em excesso e se acumula nas artérias”, explica o cardiologista Rubens Stelmachuk, do Eco Medical Center, em Curitiba.

Quem tem colesterol alto?

Engana-se quem pensa que colesterol alto é um problema exclusivo de quem está acima do peso. Segundo o médico, fatores genéticos e alterações no metabolismo do fígado também influenciam.

“Muitas vezes, pessoas magras têm colesterol elevado, e obesos não. Tudo depende do funcionamento individual do organismo”, esclarece.

O especialista alerta que o colesterol não apresenta sintomas. Por isso, o único jeito de identificá-lo é por meio de exames laboratoriais de sangue, que devem ser feitos com regularidade a partir dos 35 anos — ou antes, caso haja histórico familiar.

Qual a diferença entre LDL, HDL e VLDL?

No laudo do exame de colesterol aparecem diferentes frações:

  • LDL (lipoproteína de baixa densidade): conhecido como “colesterol ruim”, se acumula nas paredes das artérias, favorecendo o entupimento dos vasos;
  • HDL (alta densidade): chamado de “colesterol bom”, ajuda a remover o excesso de gordura do sangue;
  • VLDL (muito baixa densidade): também prejudicial, embora represente uma parcela menor do colesterol total;

O que o colesterol pode causar?

O acúmulo de LDL nas artérias compromete o fluxo de sangue e pode provocar infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e doenças circulatórias. “O risco é maior quando o paciente associa colesterol alto com outros fatores como sedentarismo, tabagismo, hipertensão e diabetes”, alerta o cardiologista.

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Como prevenir?

O primeiro passo é mudar o estilo de vida. De acordo com o especialista, uma rotina com alimentação equilibrada e atividade física pode reduzir o colesterol em até 20%.

Entre os alimentos a evitar, estão carnes gordas, embutidos, queijos amarelos, creme de leite, açúcar em excesso e ultraprocessados. Já entre os exercícios, caminhada, bicicleta e natação já são suficientes para promover mudanças significativas.

Quando as alterações no estilo de vida não são suficientes, medicações podem ser indicadas para atingir os níveis ideais, sempre com acompanhamento médico.

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