IMIP realiza cerca de 100 cirurgias mensais para câncer de cabeça e pescoço
Instituto alerta para sinais da doença e reforça importância do diagnóstico precoce, que pode garantir mais de 80% de chance de cura

Com cerca de 120 mil novos casos previstos até 2025 no Brasil, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de cabeça e pescoço segue sendo uma preocupação crescente de saúde pública.
No Recife, o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) atua diretamente no enfrentamento da doença e realiza, em média, 100 cirurgias mensais por meio do Serviço de Cabeça e Pescoço, que integra o Centro de Assistência em Alta Complexidade em Oncologia (CACON).
De acordo com o cirurgião de cabeça e pescoço Adilis da Fonte, coordenador do setor, os tumores mais comuns envolvem tireoide, pele, glândulas salivares e regiões da cavidade oral e faringe.
Ele destaca que o diagnóstico precoce faz toda a diferença: “Os sinais podem ser caracterizados por manchas brancas na boca, feridas com cicatrização demorada, dor, nódulos no pescoço, dificuldade para engolir ou respirar, mudanças na voz, rouquidão e dor de garganta persistentes”.
O médico alerta que sintomas persistentes devem motivar busca por avaliação especializada. Entre os fatores de risco estão tabagismo, consumo excessivo de álcool e a infecção pelo HPV, principalmente por meio do sexo oral.
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Quando detectado tardiamente, o câncer de cabeça e pescoço pode provocar sequelas severas, como comprometimento da fala, da deglutição e impactos psicológicos. Já quando o diagnóstico é feito nas fases iniciais, as chances de cura ultrapassam 80%, segundo dados do INCA.
A campanha Julho Verde tem como objetivo ampliar a conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, reforçando que o acompanhamento médico e a atenção aos sinais do corpo são fundamentais para salvar vidas.