Parada cardíaca: mitos e verdades sobre essa emergência médica
Cardiologista esclarece que o problema pode afetar pessoas de qualquer idade e que agir rápido é essencial para salvar vidas

A parada cardíaca é uma emergência grave, muitas vezes fatal, que ocorre quando o coração deixa de bater de forma súbita, interrompendo o fluxo sanguíneo para o cérebro e órgãos vitais. Embora frequentemente confundida com o infarto, ela possui causas, sintomas e condutas diferentes.
Segundo a cardiologista Fernanda Weiler, do Hospital Sírio Libanês de Brasília, essa condição pode acontecer mesmo em pessoas jovens e aparentemente saudáveis.
“É diferente de um infarto, que acontece por obstrução nas artérias. A parada cardíaca pode ser causada por um infarto, mas também por outros fatores, como falhas elétricas no coração”, explica.
Para combater a desinformação, a médica esclarece mitos comuns sobre o tema.
Parada cardíaca: mitos e verdades
Só acontece com idosos ou quem tem doenças cardíacas
Mito. A parada cardíaca pode atingir qualquer pessoa, inclusive jovens sem diagnóstico prévio. Em muitos casos, há condições silenciosas ou predisposições genéticas não identificadas.
Quem faz exercícios físicos está imune
Mito. A atividade física reduz o risco, mas não elimina completamente a possibilidade. Atletas também podem sofrer parada cardíaca, especialmente se houver alguma condição oculta.
Infarto e parada cardíaca são a mesma coisa
São situações diferentes. O infarto ocorre por entupimento das artérias do coração; a parada cardíaca costuma ser resultado de falhas elétricas que impedem o órgão de bombear o sangue.
Nada pode ser feito durante uma parada cardíaca
Mito. A ação imediata pode salvar vidas. Técnicas como a reanimação cardiopulmonar (RCP) e o uso de desfibrilador são eficazes se aplicadas nos primeiros minutos.
Sempre há sinais prévios
Mito. A maioria dos casos é súbita. No entanto, sintomas como dor no peito, falta de ar, desmaios e palpitações devem ser investigados.
Prevenção exige atenção constante
A melhor forma de prevenção, segundo a médica, é manter o acompanhamento cardiológico regular, especialmente em pessoas com histórico familiar de doenças cardíacas, hipertensão, colesterol alto ou outras comorbidades.
“Check-ups de rotina são fundamentais, mas também é essencial manter hábitos saudáveis, como boa alimentação, prática de exercícios e controle do estresse. Esses fatores ajudam a proteger o coração ao longo da vida”, orienta Fernanda Weiler.