CONSULTA PÚBLICA | Notícia

Doença de Crohn: Conitec avalia infliximabe subcutâneo para tratamento no SUS

Consulta Pública aberta até 18 de junho permite participação popular na análise de nova terapia para pacientes com a enfermidade moderada a grave

Por Maria Clara Trajano Publicado em 03/06/2025 às 15:24 | Atualizado em 04/06/2025 às 8:42

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) abriu uma Consulta Pública, até 18 de junho, para avaliar a inclusão do infliximabe subcutâneo no Sistema Único de Saúde (SUS).

A terapia é indicada para pacientes adultos com Doença de Crohn moderada a grave que não responderam adequadamente aos tratamentos convencionais. Hoje, são mais de 200 mil brasileiros que convivem com doenças inflamatórias intestinais.

Entenda a Consulta Pública

A Consulta Pública SECTICS nº 39/2025 permite que qualquer cidadão participe e opine sobre a possível incorporação do infliximabe subcutâneo no SUS.

O prazo para contribuições é até o dia 18 de junho. A participação pode ser realizada através do site.

Infliximabe subcutâneo e a doença de Crohn

O infliximabe subcutâneo é uma formulação de um medicamento já conhecido, mas que, nessa via de administração, busca oferecer uma nova alternativa para o manejo da doença de Crohn. Medicamentos no formato subcutâneo podem ser administrados pelo próprio paciente.

A doença de Crohn é uma das doenças inflamatórias intestinais (DIIs), enfermidades crônicas que afetam o trato gastrointestinal. No Brasil, a prevalência estimada das DIIs é de 100 casos por 100 mil habitantes.

A doença de Crohn pode atingir qualquer região do trato gastrointestinal, mas predominantemente afeta a parte inferior do intestino delgado (íleo) e do intestino grosso (cólon). Os sintomas podem variar de leves a graves e incluem:

  • Diarreia
  • Cólica abdominal
  • Febre
  • Sangramento retal
  • Redução do apetite e perda de peso

O diagnóstico das DIIs deve ser realizado por um coloproctologista ou gastroenterologista. Os tratamentos visam minimizar os sintomas, induzir a remissão (ou seja, a falta de sintomas) por um longo período e permitir que o paciente tenha mais qualidade de vida, possibilitando uma vida ativa e produtiva.

Próximos passos no processo de incorporação

Após o encerramento da Consulta Pública, que dura 20 dias, as contribuições são avaliadas e incluídas no relatório final da Conitec.

Posteriormente, este documento é encaminhado à Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovações e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE/MS), órgão do Ministério da Saúde.

A SCTIE/MS é a responsável por avaliar o relatório e decidir sobre a incorporação da terapia no Sistema Único de Saúde, com a decisão sendo anunciada por meio do Diário Oficial da União (DOU).

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