Epilepsia: conheça mitos e verdades sobre a doença que atinge milhões de brasileiros
A maioria das pessoas com epilepsia tem condições de ter uma vida dentro da normalidade desde que mantenham adesão ao tratamento

A Organização Mundial de Saúde (OMS) verificou, em 2022, que a epilepsia atinge cerca de 2% da população brasileira, o que representa aproximadamente 4 milhões de pessoas. A doença neurológica atinge, ainda, 50 milhões de pessoas em todo o mundo.
A epilepsia é caracterizada por uma alteração temporária e reversível no funcionamento do cérebro, que ocorre quando uma parte dele emite sinais incorretos. Nesta quarta-feira (26), é celebrado o Dia Mundial da Conscientização sobre a Epilepsia.
Apesar de ser uma condição que ainda gera muitos mitos e preconceitos, é fundamental entender a realidade sobre a doença, especialmente em relação ao seu tratamento e impacto na vida dos pacientes.
Mitos e verdades sobre epilepsia
1. As crises epilépticas podem ser controladas com medicamentos
Verdade.
A maioria das crises epilépticas são controladas com o uso adequado de medicamentos. Esse controle é garante a qualidade de vida dos pacientes.
2. A epilepsia é uma doença contagiosa
Mito.
A epilepsia não é uma doença contagiosa. Não há risco de transmissão entre as pessoas, o que refuta um dos maiores mitos que cercam essa condição.
3. O paciente com epilepsia não pode viver uma vida normal
Mito.
A maioria das pessoas com epilepsia pode levar uma vida completamente normal, desde que seja tratada adequadamente e siga um plano de adesão rigoroso ao tratamento.
4. Pacientes com epilepsia têm dificuldade de aprendizado
Mito parcial.
Embora a maioria dos pacientes com epilepsia não tenha dificuldades cognitivas, alguns podem apresentar esses sintomas, especialmente devido a causas subjacentes da doença, como malformações no sistema nervoso ou sequelas de anoxia neonatal.
Além disso, a epilepsia pode estar associada a comorbidades, como TDAH, dislexia e outros transtornos de aprendizagem.
5. Convulsão e ataque epiléptico são a mesma coisa
Mito.
A convulsão refere-se a uma crise epiléptica com sintomas motores, como nas crises tônico-clônicas, enquanto o ataque epiléptico engloba todos os tipos de crises, com sintomas variados, incluindo motores, sensitivos e sensoriais.
6. A epilepsia não tem cura
Verdade.
O tratamento é contínuo e consultas regulares devem ser realizadas com neurologistas. "A gente pode ter epilepsia, e todos os exames realizados serem normais, seja de imagem, seja encefalograma. Por isso, a importância de uma consulta minuciosa com um especialista para que o diagnóstico seja fechado", explica aneurologista Moema Peisino, do Hospital Pelópidas Silveira (HPS).
Assista ao episódio sobre epilepsia do Videocast Saúde e Bem-Estar, do JC