Governo bate cabeça e PEC da Segurança Pública não avança
Ministro da Justiça afirma que a responsabilidade é dos governos estaduais, que "falharam redondamente" no enfrentamento ao crime organizado
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UM CHANCELER NO CARIMBÓ
O presidente Lula da Silva (PT) rebateu as críticas do chanceler alemão, Friedrich Merz, que havia afirmado que a comitiva de seu país tinha ficado “contente” em deixar Belém (PA), após a cúpula da COP30. “Ele deveria ter ido a um boteco, dançado e provado a culinária do Pará. Só assim entenderia a generosidade e a qualidade do povo paraense”.
‘BOLSONARO PODE MORRER…
… e é morte dolorosa’. O alerta foi feito no plenário do Senado pela presidente da Comissão de Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos-DF). Ela denunciou que, no presídio da Papuda, “para onde devem mandar o presidente [Jair Bolsonaro – PL], se não houver um socorro imediato”, faltam condições mínimas de atendimento médico. A senadora aguarda autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para vistoriar toda a estrutura do presídio, mas já constatou que “o postinho de saúde da Papuda encerra suas atividades às 17h e só funciona de segunda a sexta”. Segundo ela, caso Bolsonaro tenha “uma crise de soluço”, estando distante de um hospital público, a situação pode se tornar grave. “É muito grave o que está acontecendo”.
TERCEIRIZANDO A CRISE
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, culpou os governadores pela crise na segurança pública e afirmou que eles “falharam redondamente” ao tentar enfrentar o crime organizado. Lewandowski desafiou alguém a citar “um governo de Estado que tenha sido bem-sucedido na luta contra o crime organizado”.
‘QUASE LESA-PÁTRIA’
Para Lewandowski, comparar facções criminosas a grupos terroristas “seria uma atitude quase de crime de lesa-pátria, porque escancararia as portas do Brasil para uma eventual intervenção estrangeira”.
SOBROU PARA IBANEIS
A intervenção no Banco Master, a prisão de seu presidente, Daniel Vorcaro, e a decisão da Justiça Federal de afastar o presidente do BRB (Banco de Brasília) “não devem atrapalhar os planos políticos do governador [Ibaneis Rocha]”, na avaliação do presidente nacional do MDB, Baleia Rossi. Ibaneis e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) são considerados fortes candidatos ao Senado Federal.
NAS ASAS DO MASTER
A prisão do banqueiro Daniel Vorcaro deixou Brasília de cabelo em pé. A Polícia Federal vai passar um pente-fino na lista de passageiros do jato utilizado por ele em viagens nacionais e também para o exterior.
POSSÍVEL OMISSÃO DO ‘BESSIAS’
Paira na CPMI do INSS a suspeita de uma possível omissão do advogado-geral da União, Jorge Messias, diante de pedidos de bloqueios judiciais envolvendo o Sindinapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos). Documentos em posse da comissão indicam que a AGU teria ignorado alertas de que entidades sindicais estariam realizando descontos não autorizados nos benefícios de aposentados. O Sindinapi tem como vice-presidente José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula, que, por sua vez, conta as horas para indicar Messias ao cargo de ministro do STF.
PENSE NISSO!
Parece pouco provável que o Fundo Florestas Tropicais para Sempre atinja a meta de arrecadar US$ 25 bilhões. E não apenas pela desconfiança de alguns doadores sobre a gestão e a aplicação dos recursos que vierem a ser arrecadados.
O governo brasileiro, do Planalto à Esplanada dos Ministérios, fez lá seus salamaleques, paparicou daqui, bajulou de acolá, mas o fundo, em si, é uma operação carregada de incertezas. E, hoje em dia, nenhum país quer investir em um projeto cujas metas não estão devidamente esclarecidas.
É muito bom imaginar que dona Anne Nielsen [nome criado para ilustrar o comentário], professora do equivalente ao ensino fundamental na periferia de Copenhague, no reino da Dinamarca, aceite doar um percentual dos seus vencimentos como educadora. Mas ela quer saber para onde vai o dinheiro, se está sendo bem aplicado na preservação ambiental, na redução do efeito estufa e nessas generalidades que todo ambientalista sabe justificar de cor e salteado.
Dinheiro alheio deve ser tratado com o devido respeito.
Pense nisso!