Com passadas largas, em função do prazo curto, CPMI do INSS chega a gabinetes da Câmara e do Senado
Flávio Dino exige que governo divulgue todos os detalhes da movimentação com dinheiro do orçamento. As emendas parlamentares estão na mira do STF
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MENSAGEM TRANSLÚCIDA
Para quem já esteve do outro lado do balcão, como deputado federal, governador, senador e ministro da Justiça, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino quer que o governo promova uma campanha publicitária nas emissoras de rádio de TV sobre a “necessária transparência e rastreabilidade das emendas parlamentares”.
ECLIPSE LUNAR
Dino é relator, no STF, de ações que contestam a falta de transparência do dinheiro indicado pelos deputados e senadores por meio de emendas. Por isso, ele quer o uso de “linguagem simples nas campanhas” e que provoquem “a vontade do cidadão de acompanhar o caminho” dos recursos públicos destinados nas emendas.
INVESTIBRAS
O agro está soltando foguetes, o Planalto está radiante, e ambientalistas de lupa na mão, prontos para “comprar” uma encrenca e ser contra.
O DUTO DO DESENVOLVIMENTO
A presidente da Petrobras, Magda Chambiard, reuniu um grupo de empresários na sede da Confederação Nacional do Transporte para anunciar que a estatal reservou US$ 3,6 bilhões até 2029 para construção de um duto de líquidos com 2.030 quilômetros de extensão, ligando Mato Grosso a São Paulo. “A nossa motivação é atender à crescente produção de biocombustíveis no Centro-Oeste”, especialmente etanol de milho.
RENAN NÃO É LIRA
Relator, no Senado Federal, do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) tem questionado o conceito de “impacto zerado”, chancelado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL) quando foi relator na Câmara. Renan tem se detido nos benefícios adicionais incluídos por Lira, enquanto aguarda uma análise da equipe econômica.
CONGRESSISTAS NA MIRA DA CPMI
As investigações sobre a roubalheira nos benefícios de aposentados e pensionistas começaram a sair do Poder Executivo e escancarar as portas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, desde está segunda-feira (27).
’TÔ DE OLHO’
Para surpresa de integrantes da CPMI, o relator, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), anunciou que estuda convocar o senador Weverton Rocha (PDT-MA) e o deputado Euclydes Pettersen (Republicanos-MG). O senador aparece no esquema por ser sócio do empresário Rodrigo Martins, que, por sua vez, é sócio do “Careca do INSS”. Já Euclydes Pettersen teria negociado um avião de pequeno porte com pessoas vinculadas à Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais).
E NÃO COBRAVA?
Com um rombo em caixa estimado em R$ 20 bilhões, o presidente dos Correios, Emmanoel Schmidt Rondon, anunciou que a partir de janeiro de 2026, todos os superintendentes da empresa “serão avaliados por metas de resultados e podem ser substituídos”. Rondon afirmou que pretende aplicar um “choque de gestão” para recuperar a estatal.
PENSE NISSO!
Uma frase atribuída ao cartunista Ziraldo (1932-2024) - que certa vez disse-me que não se lembra de tê-la cunhado - afirma que “em se plantando tudo dá”. E, “da mesmo”, dizia o fundador do Pasquim.
Pois bem! Agora que se aproxima o prazo para troca de partido, as legendas e seus assessores se apressam em “plantar” noitinhas de que “fulana está de malas prontas” para migrar de partido ou que “sicrano” já “está até com a ficha abonada” e “logo, logo ele migra”.
Estrategicamente, os partidos devem priorizar a formação de chapas para eleger senadores que possam fortalecer o que a direita chama de “dar um freio de arrumação no STF”. E com razão. Suas excelência há muito passaram dos limites.
Por outro lado, quanto maior for a bancada na Câmara, é sinal de mais dinheiro em caixa, tando do Fundo Partidário como do Fundo Eleitoral. Como nem sempre se consegue tudo o que se planeja, os partidos seguem “plantando” movimentações que poderão render bons frutos na política no ano que vem.
E é possível que consigam, uma vez que o critério continua sendo sempre quantitativo.
Pense nisso!