Com passadas largas, em função do prazo curto, CPMI do INSS chega a gabinetes da Câmara e do Senado

Flávio Dino exige que governo divulgue todos os detalhes da movimentação com dinheiro do orçamento. As emendas parlamentares estão na mira do STF

Por Romoaldo de Souza Publicado em 27/10/2025 às 21:56

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MENSAGEM TRANSLÚCIDA
Para quem já esteve do outro lado do balcão, como deputado federal, governador, senador e ministro da Justiça, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino quer que o governo promova uma campanha publicitária nas emissoras de rádio de TV sobre a “necessária transparência e rastreabilidade das emendas parlamentares”.

ECLIPSE LUNAR
Dino é relator, no STF, de ações que contestam a falta de transparência do dinheiro indicado pelos deputados e senadores por meio de emendas. Por isso, ele quer o uso de “linguagem simples nas campanhas” e que provoquem “a vontade do cidadão de acompanhar o caminho” dos recursos públicos destinados nas emendas.

INVESTIBRAS
O agro está soltando foguetes, o Planalto está radiante, e ambientalistas de lupa na mão, prontos para “comprar” uma encrenca e ser contra.

O DUTO DO DESENVOLVIMENTO
A presidente da Petrobras, Magda Chambiard, reuniu um grupo de empresários na sede da Confederação Nacional do Transporte para anunciar que a estatal reservou US$ 3,6 bilhões até 2029 para construção de um duto de líquidos com 2.030 quilômetros de extensão, ligando Mato Grosso a São Paulo. “A nossa motivação é atender à crescente produção de biocombustíveis no Centro-Oeste”, especialmente etanol de milho.

RENAN NÃO É LIRA
Relator, no Senado Federal, do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) tem questionado o conceito de “impacto zerado”, chancelado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL) quando foi relator na Câmara. Renan tem se detido nos benefícios adicionais incluídos por Lira, enquanto aguarda uma análise da equipe econômica.

CONGRESSISTAS NA MIRA DA CPMI
As investigações sobre a roubalheira nos benefícios de aposentados e pensionistas começaram a sair do Poder Executivo e escancarar as portas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, desde está segunda-feira (27).

’TÔ DE OLHO’
Para surpresa de integrantes da CPMI, o relator, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), anunciou que estuda convocar o senador Weverton Rocha (PDT-MA) e o deputado Euclydes Pettersen (Republicanos-MG). O senador aparece no esquema por ser sócio do empresário Rodrigo Martins, que, por sua vez, é sócio do “Careca do INSS”. Já Euclydes Pettersen teria negociado um avião de pequeno porte com pessoas vinculadas à Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais).

E NÃO COBRAVA?
Com um rombo em caixa estimado em R$ 20 bilhões, o presidente dos Correios, Emmanoel Schmidt Rondon, anunciou que a partir de janeiro de 2026, todos os superintendentes da empresa “serão avaliados por metas de resultados e podem ser substituídos”. Rondon afirmou que pretende aplicar um “choque de gestão” para recuperar a estatal.

PENSE NISSO!
Uma frase atribuída ao cartunista Ziraldo (1932-2024) - que certa vez disse-me que não se lembra de tê-la cunhado - afirma que “em se plantando tudo dá”. E, “da mesmo”, dizia o fundador do Pasquim.

Pois bem! Agora que se aproxima o prazo para troca de partido, as legendas e seus assessores se apressam em “plantar” noitinhas de que “fulana está de malas prontas” para migrar de partido ou que “sicrano” já “está até com a ficha abonada” e “logo, logo ele migra”.

Estrategicamente, os partidos devem priorizar a formação de chapas para eleger senadores que possam fortalecer o que a direita chama de “dar um freio de arrumação no STF”. E com razão. Suas excelência há muito passaram dos limites.

Por outro lado, quanto maior for a bancada na Câmara, é sinal de mais dinheiro em caixa, tando do Fundo Partidário como do Fundo Eleitoral. Como nem sempre se consegue tudo o que se planeja, os partidos seguem “plantando” movimentações que poderão render bons frutos na política no ano que vem.

E é possível que consigam, uma vez que o critério continua sendo sempre quantitativo.

Pense nisso!

 

 

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