Partidos aliados divulgam manifesto em defesa do Judiciário, mas silenciam sobre a censura
Boulos quer mais impostos para big techs. Será que ele acredita que custo não será repassado ao consumidor? No PL Mulher, Fux é visto como iluminado

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APOSTANDO NO COAS
O setor empresarial e alguns representantes dos trabalhadores estão preocupados com as altas taxas anunciadas pelo governo de Donald Trump. Enquanto isso, o socialista Guilherme Boulos (Psol-SP) apresenta projeto para criar a Contribuição Social Digital (CSD).
BANCO DE DADOS
Boulos quer aplicar uma alíquota de 7% sobre receitas de anúncios e “venda de dados de usuário” brasileiros. Google, X e Meta são os principais alvos do projeto.
FUX NAS ALTURAS
Uma corrente de oração está sendo realizada por integrantes de grupos evangélicos próximos à presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro. Ao elogiar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, por ter votado contra medidas impostas ao seu marido por Alexandre de Moraes, a ex-primeira-dama disse que Fux é uma “fagulha de bom senso” no Poder Judiciário.
SOLIDARIEDADE
Sete legendas que gravitam em torno do governo do presidente Lula da Silva (PT) assinaram uma nota de solidariedade a autoridades do Judiciário e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, “por sua atuação (sic) no cumprimento da lei, na defesa da Constituição do nosso país e da nossa democracia”
SILÊNCIO
Três políticos pernambucanos — Humberto Costa, do PT; João Campos, do PSB; e, Luciana Santos, PCdoB — se juntaram a Carlos Lupi, do PDT; Paula Coradi, do Psol e Comte Bittencourt, do Cidadania, criticando as “retaliações” seguidas de “sanções e ameaças de natureza tarifária e comercial” que segundo eles, são “contaminadas por interesses políticos”. Nenhum deles, no entanto, deu um piu para questionar o avanço no campo da censura imposta por Alexandre de Moraes.
O BOM E VELHO LEAD
Da homilia, durante a missa ao arcabouço juridiquês de muitas decisões — assim como no bom jornalismo — escrever um texto objetivo deveria ser regra básica: começar sempre pelo sujeito, ir ao verbo e marchar para o complemento. O resto é recheio.
DOIS PESOS [DIFERENTES]
Quando a presidente Dilma Rousseff (PT) mandou “Bessias” [Jorge Messias, hoje advogado-geral da União] preparar o termo de posse de Lula da Silva para o seu ministério, muitos petistas bateram palmas:
Dilma: "Lula, deixa eu te falar uma coisa."
Lula: "Fala, querida. Ahn?"
Dilma: "Seguinte, eu tô mandando o 'Bessias' junto com o papel pra gente ter ele, e só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?!"
NOTINHAS PLANTADAS
Hoje esses mesmos militantes plantam notas dizendo que governadores de direita estariam criando uma secretaria para acomodar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), numa tentativa de fugir das garras de Alexandre de Moraes. Aos poucos, vão se dando conta que o 03 não tem todo o poder que diz ter.
‘PARAR PRA QUÊ?’
O líder dos caminhoneiros, Wallace Landim, conhecido por Chorão, afirmou que “não é hora para radicalização” e que não pretende “levar a categoria para o abismo”. Chorão descartou “qualquer possibilidade de nos usarem como massa de manobra”. Enquanto isso, bolsonaristas raiz defendem uma paralização nacional dos caminhoneiros em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
PENSE NISSO!
O ressarcimento aos aposentados e pensionistas do INSS, que tiveram seus benefícios surrupiados por entidades ligadas ao movimento dos trabalhadores, é uma resposta imediata — um jeito que o governo encontrou para tirar o assunto do foco. E conseguiu.
Mas que isso não faça a sociedade se esquecer que houve negligência dos últimos governos, e que eles deveriam ser responsabilizados. Mas aí, já é querer demais.
Além disso, pensando bem: o dinheiro que o governo usa para essa devolução é do contribuinte — inclusive de aposentados e pensionistas. Ou seja, tira-se com uma mão, sendo negligente com entidades sindicais, e dá-se com a outra, usando recursos que poderiam servir para programas que empurrem esse país para a frente.
Pense nisso!