Hospedagem em Belém durante a COP30 tira o sono do governo brasileiro
O gesto de Trump em apoiar Bolsonaro teve mais impacto no Planalto do que a visita de Lula a Cristina Kirchner causou no governo Milei

LEAVE BOLSONARO ALONE...
O apelo do presidente Donald Trump (Partido Republicano) em favor do amigo Jair Bolsonaro (PL) caiu como uma bomba no governo brasileiro.
INTERFERÊNCIA INDEVIDA
Segundo o presidente Lula da Silva (PT), as declarações do republicano são uma intromissão. “Não aceitaremos interferência ou tutela de quem quer que seja”.
INTROMISSÃO NO PAÍS DOS OUTROS…
… é refresco. Até a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, resolveu peitar Trump: “o presidente dos EUA deveria cuidar de seus próprios problemas, que não são poucos, e respeitar a soberania do Brasil e de nosso Judiciário”.
SEM BEM, QUE
Do time de ministros palacianos, a ex-presidente do PT foi a que mais incentivou Lula a visitar Cristina Kirchner — ex-presidente da Argentina — em prisão domiciliar, em Buenos Aires, quando esteve na cúpula do Mercosul.
DE RESGUARDO DE SONHOS
Em casa, sem poder comer seu doce preferido, o ex-presidente Jair Bolsonaro abriu um sorriso de canto a canto da boca: “recebi com muita alegria a nota do presidente Trump. Esse processo ao qual respondo é uma aberração jurídica, uma clara perseguição”.
DIVIDINDO O BELICHE
Já que não consegue resolver o problema da falta de hospedagem para os participantes da COP30, o governo brasileiro está oferecendo aos participantes instalação de beliches em escolas de Belém (PA).
PENSE NISSO!
Lá venho eu, novamente, citando Raul Seixas (1945-1989). Mas é que o governo Lula me deu a oportunidade de relembrar um fato.
Certa noite, assistindo a um telejornal, Raul e a mulher Tânia Menna Barreto ouviram uma reportagem de que o governo “injetaria” recursos para “disseminar um pró-álcool”. Daí surgiu essa:
“Derramar cachaça em automóvel
É a coisa mais sem graça
De que eu já ouvi falar
Por que cortar assim nossa alegria Já sabendo que o álcool também vai ter que acabar?”
O eufemismo do momento chama-se “carro sustentável”, quando na verdade será: “carro popular, o retorno.”
O que o país precisa é de mais programas de mobilidade — mais metrô, mais trem, mais ciclovias — esse é o rumo. Mas aí já seria querer de mais.
Pense nisso!