Advogado que entra de bermuda no STF deve assinar apelação contra a perda de mandato de Glauber Braga (Psol-RJ)

ALTO NÍVEL
Advogado de dez entre dez cabeças coroadas do crime organizado - do “mensalão do PT” ao “petrolão”, Antônio Carlos Castro, conhecido como “Kakay”, é quem vai elaborar um recurso que será apresentado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para evitar a perda de mandato do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), condenado no Conselho de Ética, por 13 votos contra cinco, por ter dado pontapés no militante do Movimento Brasil Livre (MBL), Gabriel Costanero.

INTIMIDADE COM O PODER
Kakay é tão próximo do poder que outro dia publicou em suas redes sociais uma foto passeando pelos corredores do Supremo Tribunal Federal (STF) de bermuda e uma camiseta geometricamente definida. O processo de Braga no Conselho de Ética que resultou em cassação, “pode configurar uma punição com viés político ou simbólico excessivo”.

OLHA O NÍVEL, SENHORA!
Uma leitora da coluna, internada no hospital DF Star, disse, por telefone: “já tô por aqui”. Dividindo o mesmo corredor com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ela contou que é tanta foto, “tanto entra e sai” que seu desejo é de “recuperação pronta”, para ver se a temperatura abaixa.

UM CAFÉ COM UM PRACINHA
O padre jesuíta, Urbano Rauch (1926-2020), “que deixou o convívio de seus alunos para servir como capelão, voluntário, na Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália”, contava com orgulho o jeito “piedoso” com que abraçava os pracinhas no frio de Monte Castelo, e as “artimanhas”, quando encontrava morto, um soldado aliado. “Eu o abençoava, encomendava seu corpo, e pegava na sua mochila o mantimento de café solúvel que os norte-americanos recebiam e repassava para os brasileiros”. Nos 80 anos da vitória, a homenagem da coluna a todos os pracinhas e ao amigo padre Urbano. E, claro, ao café solúvel que aqueceu muitos corações.

REFORMA AGRÁRIA NO NORDESTE
O presidente Lula da Silva (PT) e seu ministro da Reforma Agrária, Paulo Teixeira, estão articulando uma viagem à divisa de Pernambuco com a Bahia para lançar a “pedra fundamental” de um assentamento irrigado, às margens do rio São Francisco. Não esperem do presidente nem de Paulo Teixeira nenhuma manifestação contra as invasões de terras patrocinadas pelo MST. Nem mesmo se houver destruição de projetos de pesquisa.

PENSE NISSO!
O governo chama de “equilíbrio de preços” o “freio de arrumação” que precisa ser dado no setor hoteleiro de Belém (PA), sede da COP30, em novembro deste ano.

Aqui em Brasília, as autoridades estão prometendo a assinatura de um acordo para redução dos preços de hospedagem, na capital paraense. Agora, se por um acaso o leitor se aventurar em tentar arrumar hospedagem em Belém, dificilmente encontrará diárias inferiores a R$ 1.000.

Esse chove não molha do Ministério do Turismo que há meses vem falando em negociação de valores de hospedagem, mostra que o governo está praticando seu esporte preferido: enxugar gelo. O Brasil não deve esperar boas notícias, nesse sentido, não.

Pense nisso!