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Inadimplência de aluguel em Pernambuco registra segunda menor taxa do ano

O resultado representa uma recuperação expressiva em relação ao mês de outubro, quando o índice estava em 5,75%, segundo a Superlógica

Por Lucas Moraes Publicado em 22/12/2025 às 18:19

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O cenário da locação em Pernambuco apresentou sinais positivos no penúltimo mês de 2025. De acordo com o Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, o Estado registrou em novembro a sua segunda menor taxa de atrasos no pagamento de aluguéis do ano, atingindo o patamar de 4,19%. O resultado representa uma recuperação expressiva em relação ao mês de outubro, quando o índice estava em 5,75%, o que significa uma redução de 1,56 ponto percentual em apenas trinta dias. Apesar da melhora recente, o número atual ainda é ligeiramente superior aos 4,11% registrados no mesmo período de 2024 e permanece acima da média nacional, que fechou novembro em 3,69%.

A queda observada no Estado acompanha uma tendência de recuo em toda a região Nordeste, que embora tenha reduzido sua taxa de 6,84% para 5,23%, ainda detém o maior índice de inadimplência do País. Em contrapartida, a região Sul mantém o melhor desempenho nacional com apenas 2,96% de atrasos.

Manoel Gonçalves, diretor de negócios para imobiliárias da Superlógica, pondera que a redução em Pernambuco é significativa, mas alerta para a necessidade de cautela quanto ao cenário econômico de curto e médio prazo, uma vez que a inflação e os juros continuam exercendo pressão sobre o orçamento das famílias e podem afetar a capacidade de pagamento nos próximos meses.

A análise detalhada por categoria de imóvel no Nordeste revela comportamentos distintos entre os segmentos. Enquanto a inadimplência em apartamentos recuou de 4,61% para 2,99% entre outubro e novembro, o setor de casas seguiu o caminho inverso, subindo de 7,65% para 8,28%. Já os imóveis comerciais na região apresentam o quadro mais crítico, mantendo-se praticamente estáveis com uma taxa de 10,57%, valor que é mais que o dobro da média nacional para este tipo de locação, que é de 5,22%.

PANORAMA NACIONAL

No panorama brasileiro, o levantamento destaca que a inadimplência costuma se concentrar nos extremos das faixas de preço. No segmento residencial, tanto os aluguéis de alto padrão, acima de R$ 13.000, quanto os de valor mais baixo, até R$ 1.000, registram as maiores dificuldades de pagamento, com taxas superiores a 6%.

Por outro lado, as faixas intermediárias, entre R$ 2.000 e R$ 5.000, demonstram maior equilíbrio financeiro, com índices de inadimplência situados abaixo de 2%. Segundo a Superlógica, essa estabilidade nas faixas médias sugere uma compatibilidade mais assertiva entre a renda dos locatários e os valores praticados pelo mercado.

 
 

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