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Fintech chilena quer parcelar entrada de imóveis para os brasileiros

Creditú lançou no País seu produto de financiamento para a parcela de entrada na aquisição de imóveis, com oferta para as incorporadoras brasileiras

Por Lucas Moraes Publicado em 07/07/2025 às 15:56

A fintech chilena de crédito imobiliário Creditú lançou seu produto de financiamento para a parcela de entrada na aquisição de imóveis no Brasil. O objetivo é facilitar acesso à moradia para compradores que não tenham recursos disponíveis para fazer frente a este pagamento inicial. O produto foi criado em parceria com a NGT, pioneira em soluções blockchain, e a Opea, hub de soluções de crédito estruturado. A nova linha de crédito será disponibilizada para todas as incorporadoras do País pela Creditú, que estima uma demanda imediata de R$70 milhões em financiamentos.

Segundo a fintech, o produto já é case de sucesso no mercado imobiliário chileno, onde é percebido como "inovação-chave para a melhoria de acesso à habitação". No mercado chileno trabalha é mais comum as ofertas de financiamento à parcela de entrada, contando com o apoio de instituições como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

“Com nosso financiamento à parcela de entrada, as incorporadoras poderão oferecer aos seus clientes a oportunidade de comprar sua casa hoje, sem precisar esperar anos para juntar o valor da entrada. Isso não só impulsiona as vendas, mas também elimina uma das maiores barreiras para os compradores. Estamos transformando o acesso à moradia e ajudando as incorporadoras a continuar crescendo”, diz David Muñoz, CEO da Creditú.

CONTRATOS AUTOMATIZADOS

A solução da Creditú foi adaptada para o Brasil e conta com a gestão automatizada dos contratos celebrados. “A tokenização traz muito mais transparência, segurança e rastreabilidade para os créditos”, destaca Hugo Pierre, CEO da NGT.

As emissões serão feitas por meio de contratos inteligentes (smart contracts) registrados no blockchain, por um processo denominado recebível chipado, onde cada cédula de crédito bancário (CCB) é “chipada”. “Isto permite o monitoramento e registro de todos os eventos no blockchain, em tempo real”, destaca Pierre.

A solução promete viabilizar e facilitar a aprovação do crédito imobiliário para a parcela remanescente. É possível também oferecer alternativas para a incorporadora não entrar no risco de crédito ao financiar diretamente seus clientes, além de não ter as despesas de gestão da carteira de recebíveis e cobrança.

A bancarização de todo o processo é feita pela Sociedade de Crédito Direto da Opea, voltada para o desenvolvimento de produtos financeiros que viabilizam a gestão das soluções estruturadas com foco no mercado de securitização.

COMO FUNCIONA

De acordo com a fintech, o modelo de financiamento busca atender clientes que já têm o perfil para financiar imóveis aprovado, mas não têm recursos para bancar a entrada. Nesse cenário, a Creditú entra com a sua nova linha, sendo viabilizada como um complemento para que haja a assinatura do contrato entre as incorporadoras e os mutuários, com recursos do mercado de capitais e gerenciamento da dívida. 

A ideia é tirar dos construtores e incorporadores a demanda do financiamento de entrada e o gerenciamento das dívidas, como o que já é feito nos modelos Pro Soluto, quando um comprador não consegue financiar 100% do valor do imóvel e pode acordar a emissão de uma nota promissória para complementar a entrada em um prazo acordado com o construtor. 

As incorporadoras interessadas em contar a solução para seus clientes e que queiram conhecer mais detalhes sobre o produto podem entrar em contato diretamente com a Creditú pelo e-mail: entrada@creditu.com.

A Creditú  entregou mais de US$ 800 milhões em empréstimos hipotecários e relacionados à habitação, beneficiando mais de 12.000 famílias de baixa e média renda na América Latina. 

 
 


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