Três anos após encontrar todo procedimento da Saúde analógico e registrado em papel, estado começa usar IA para melhoria de processos
Em seminário no SJCC, secretária de Saúde do Estado revela início das ações da Estadual de Dados em Saúde (REDS-PE) ancoradas em recursos de IA.
Clique aqui e escute a matéria
Conversa organizada pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, através do seminário, “IA: o futuro do cuidar é humano”, apresentado pela jornalista Cinthia Leite, permitiu o conhecimento de um conjunto de dados sobre o que o governo Raquel Lyra encontrou em janeiro de 2023 na área da Saúde.
Especialmente na gestão e controle dos seis grandes hospitais – entre eles a Restauração – que não se sabe como funcionavam sem qualquer contrato de manutenção além de usarem nas suas rotinas mais de 80% de anotações de dados em papel.
Montanha de papel
Não se sabe se para não acirrar o embate político, o governo do Estado não divulgou na época como o setor de saúde funcionava com essa montanha de papel. Mesmo sabendo-se que, apesar de vir destinando o que estava previsto constitucionalmente (16% da Receita Corrente Líquida), a pasta tinha uma administração caótica.
Mas na conversa de ontem (3) no auditório Graça Araújo, a secretária da pasta Zilda Cavalcanti, mesmo focando sua palestra sobre Saúde Digital em Pernambuco, acabou revelando dados surpreendentes como o de que em 2023, as 61 Unidades de Saúde entre UPAs, UPAS-Es e Hospitais que não se “conversavam” foram explicadas pela ausência de conectividade básica nas unidades de saúde.
Orçamento triplicado
Cavalcanti teve orçamento triplicado para investimentos em saúde digital. O governo criou uma Diretoria-Geral de Inovação e Inteligência Artificial em Saúde mirando algum tipo de governança. Mas foi preciso literalmente começar do zero, admitiu a secretária, uma médica geriatra que confessa seu entusiasmo pelo que a Inteligência Artificial poderá agregar de melhoria na gestão do setor de saúde pública, embora exista uma jornada por percorrer.
Segundo a secretária, a questão não era, por exemplo, a reestruturação das redes lógicas dos hospitais estaduais, compra de equipamentos, implantarem infraestrutura de servidores, aumentarem a capacidade de desenvolvimento de soluções digitais (hoje ela fala na jornada de seis esteiras de desenvolvimento). Foi preciso estruturar um modelo integrado de planejamento estratégico para saúde digital em toda a rede pública de saúde.
Dados de milhões
A ideia de jogar dados sobre milhões de pessoas num banco de dados custa caro, exige pessoal técnico e, naturalmente, um aumento significativo da capacidade de sustentação e suporte aos serviços e à infraestrutura. Por isso falar de uso de IA só agora (três anos depois) faz algum sentido. Até porque o que o Governo deseja é “rodar” o que chama de Rede Estadual de Dados em Saúde (REDS-PE), certamente um dos maiores bancos de dados do setor.
É uma rede grande mesmo. O projeto visa colocar nela os dados de toda a rede de atenção primária, UPAS e UPASE. OSS, os 11 hospitais sob gestão direta e, é claro, os seis grandes hospitais, entre eles o HR.
Toda população
Segundo Rodrigo Brennand - que lidera a Diretoria Geral de Informatização e Inovação em Saúde - estamos falando (até agora) de 11,7 milhões de pacientes com 82 milhões de diagnósticos, 76 milhões de procedimentos e 63 milhões de anotações de atendimento individual.
Será com esse banco de dados que a REDS-PE virou uma grande base de dados que será ferramenta de IA, já que será sobre essas informações que ela vai criar os chamados agentes, que ao entrar dentro dessa grande rede de dados possam ajudar a promover ações de melhoria de atendimento.
Histórico do paciente
Segundo Zilda Cavalcanti, a proposta é que, num futuro próximo, na ponta um médico possa ter um histórico do paciente em poucas linhas, com a IA filtrar o mais relevante nos diagnósticos anteriores, detectar os pontos de atenção cruciais para a saúde do paciente, tudo isso com rastreio até os atendimentos que geraram os dados apresentados.
A questão do rastreio de dados é um ponto estratégico hoje no debate sobre uso de IA em processos de apoio à saúde porque, além da questão ética, existem as exigências da Lei Geral de Proteção de Dados que no caso da saúde ainda mais sensíveis.
E para quê serve?
E como isso chega à ponta? Afinal, esse aparelho só serve para ajudar a gestão. Mas isso elimina a fila? Faz o tempo de atendimento na unidade ser menor: e faz com que o paciente não precise virar passageiro de ambulância cruzando o estado, não raro para o médico ver um diagnóstico?
Esse é o grande desafio, reconhece a secretaria, revelando que foi preciso juntar gente com dinheiro da Secretaria de Ciência e Tecnologia para criar aplicativos e melhorar processos. Como o que cria uma Jornada da Gestante na Rede de saúde e outro que usa IAM para acompanhamento de pós-operatório. Mas ainda estamos no começo, diz.
Esforço de muitos
Hoje, já estão nesse esforço entidades como a UPE que entregou um sistema sob medida de processos licitatórios para a Saúde, outro de otimização inteligente da Fila de Regulação Assistencial e trabalha na criação de personas de saúde através dos dados da REDS que deve rodar efetivamente em 2026. E várias startups.
O esforço colocou Pernambuco como um estado-piloto da federalização da Rede Nacional de Dados da Saúde e no grupo dos estados-piloto na implantação do E-SUS AF.
Envolvimento
Tudo isso é interessante, mas como Zilda Cavalcanti reconhece, o maior desafio é fazer com que as equipes passem a usar e explorar esses novos recursos de TI na ponta, o que se chama de engajamento.
Não é simples. A pressão do atendimento nos grandes hospitais, a cultura do fracionamento onde o médico cuida apenas de sua especialidade (que é uma marca do Brasil) onde o paciente acredita que ele pode definir que exames o médico deve prescrever, vão exigir convencimento.
Médico de família
Vai mesmo. Especialmente numa rede que tinha em janeiro de 2023 mais de 96% de seus procedimentos registrados em papel, embora a ideia de começar a falar da aplicação de IA na rede pública pareça ser um enorme avanço, ainda que isso na ponta não seja tão perceptível.
No fundo isso talvez ajude a que no futuro, mesmo na rede pública, a figura do médico de família, um médico clínico que faça a gestão dos cuidados do paciente e seja a porta de entrada do Sistema Público de Saúde (SUS). O que com a ajuda de recursos de IA certamente reduziria drasticamente a colossal despesa que o Brasil (Pernambuco no meio) precisa gastar com saúde.
Brasil Soberano?
O Plano Brasil Soberano criado para empresas afetadas pela nova política tarifária imposta pelo governo dos Estados Unidos ainda é uma opção para as grandes empresas do BNDES que já aprovaram R$9,72 bilhões em créditos. Foram 717 operações, sendo 171 com grandes empresas e 546 com micro, pequenas e médias empresas.
Os estados mais beneficiados até o momento são: São Paulo (R$2,96 bilhões), Rio Grande do Sul (R$1,33 bilhão), Santa Catarina (R$1,26 bilhão) e Paraná (R$1,08 bilhões). No recorte por setor, a indústria de transformação lidera com R$ 7,8 bilhões. Na sequência, aparecem comércios e serviços (R$1,21 bilhão), agropecuária (R$557,13 milhões) e indústria extrativa (R$153,47 milhões).
SPC Brasil
Levantamento da CNDL e SPC Brasil aponta que 33,8 milhões de consumidores pretendem destinar parte do décimo terceiro para presentes, celebrações e compras pessoais. Isso vai fazer com que o movimento do PIX amplie ainda mais o uso do pagamento instantâneo, hoje responsável por mais de 50% das transações financeiras do país, segundo o Banco Central.
A previsão é de um novo recorde de operações em dezembro, visto que no ano passado registrou 252,1 milhões de transações em um só dia, 20 de dezembro de 2024, movimentando R$ 162,9 bilhões, segundo o Banco Central.
Natal bom
Em outra pesquisa estimativa para as vendas no varejo relacionadas ao Natal a CNC projeta um volume de R$72,71 bilhões em 2025, 2,1% maior do que o negociado na mesma data de 2024, quando o faturamento chegou a R$71,2 bilhões. Caso a estimativa seja confirmada, 2025 seria o melhor Natal para o comércio desde 2014, quando o varejo movimentou R$ 77,26 bilhões na mesma data.
Morini no Brasil
A tradicional fabricante italiana de motocicletas Premium, Morini, com 88 anos de história, inaugurou sua primeira concessionária no Nordeste. Fica em Salvador (BA) e o plano de crescimento prevê a presença da Moto Morini em todas as regiões brasileiras até o final de 2026, ampliando o alcance da operação e fortalecendo a atuação no segmento de motocicletas Premium.
Dezembro Laranja
O Recife Expo Center está iluminado de laranja durante todo o mês em apoio ao Dezembro Laranja, campanha nacional de prevenção ao câncer de pele. A ação reforça o compromisso do complexo com causas de saúde e bem-estar.
Bebida falsificada
Em tempo de falsificação de destilados com metanol, estudo da Euromonitor International para a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) revela que o país deixou de arrecadar aproximadamente R$ 28 bilhões em impostos devido a bebidas falsificadas no último ano.
Somente os destilados falsificados correspondem a cerca de 30% do mercado nacional, incluindo bebidas como vodca, uísque, cachaça, tequila, rum, gin e conhaque. Já no segmento de fermentados, 9,7% do mercado é composto por produtos ilícitos, o que representa 81,5 milhões de litros, incluindo vinhos e espumantes.
Mestre 25 anos
A empresa pernambucana Do Mestre, indústria de argamassas e revestimentos, celebra 25 anos de mercado e fecha 2025 com crescimento de cerca de 15% nas vendas em relação a 2024. Para 2026, a meta é chegar a 18% de crescimento. Com forte presença no varejo, que já responde por cerca de 70% das vendas, ela tem entre os clientes as construtoras Moura Dubeux, Rio Ave, Tenda e Pernambuco Construtora.
Alto padrão
A construtora Usina de Obras, referência na construção de empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) em Pernambuco, lançou a Moê, sua marca voltada ao segmento de alto padrão. A Moê nasce com a projeção de atingir um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 420 milhões nos próximos dois anos, somando projetos em negociação na Região Metropolitana do Recife e no Litoral Sul do Estado.
Documento falso
Em 2025 até novembro a plataforma Caf, empresa global de verificação inteligente, identificou cerca de 50 mil tentativas de fraude documental no Brasil. Do total, 84% envolveram o Registro Geral (RG) e 14% a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), evidenciando que os documentos mais utilizados no dia a dia continuam sendo os principais alvos de ataques.
Cacau no Plaza
O Plaza Shopping amplia sua operação da rede Cacau Show, no piso L2, liderada pela empresária Mariana Afonso. Além da variedade de chocolates, a loja oferece linha de pelúcias, bolsas e enxoval de mesa posta. Atualmente, são mais de quatro mil pontos de venda em território nacional.
Francisco Brennand
A Oficina Francisco Brennand fortalece sua presença no Sudeste com um espaço no Shopping Iguatemi (SP), abrindo ponto de vendas também no Rio de Janeiro. A iniciativa é fruto de uma parceria com a plataforma Boobam que, além da loja em Ipanema, ainda opera via marketplace.